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terça-feira, fevereiro 23, 2010

Mais uma dose, não fará mal, certamente.

UM antídoto para cartas inconvenientes

Rica saúde

Depois de hoje ter recebido uma carta do Hospital do Espírito Santo E.P.E., não resisti a partilhar essa notícia convosco!
Antes de mais, deixem-me dizer-vos que há um ano precisamente, feito a semana passada, a minha médica de família solicitou uma consulta com carácter de urgência para a especialidade de otorrinolarigologia. Hoje, dia 22 de Fevereiro de 2010 recebo finalmente uma resposta ao pedido feito pela minha médics de família e, eis que me devo apresentar no Edifício do Patrocínio no próximo dia 11 de Outubro de 2010. Confesso que a primeira ideia que me assaltou foi a de que esta convocatória não podia estar certa! Algo de errado tinha de se ter passado para distar do dia em que a recebo até ao dia da consulta 231 dias, por isso mesmo liguei para o hospital e, atendeu-me uma simpática senhora que, perante os meus esclarecimentos me responde diligentemente que não havia erro algum, que esse era o dia exacto da minha consulta. E quando perguntei se não era estranho tardar muito  tão almejada consulta, e resposta foi pronta: «Temos casos de especialidades bem piores». Bom fiquei então a pensar que sou um paciente sortudo, pois existem pessoas com esperas bem piores que a minha e, por isso me devo resignar e, afinal de contas, calendarizar consultas com quase um ano de antecedência não é para qualquer Ministério da Saúde. Assim, posso bem agendar as minhas corriqueiras actividades profissionais e pessoais sem as sobrepôr a esse dia, que quase alcança a dimensão do 25 de Dezembro no meu anuário de 2010.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Premonições Marcelistas no FRESCOSCAMPOS

O que aqui foi dito anteontem sobre António Nobre, Manuel Alegre e Cavaco Silva sobre as presidenciais, foi, para o melhor ou para o pior, algo de muito semelhante ao que Marcelo Rebelo de Sousa disse ontem nas suas Escolhas, com Maria Flor Pedroso. Querem ver que o homem já é leitor assíduo do FrescosCampos....

sábado, fevereiro 20, 2010

Rancores antigos à tona da água?

A recente e inesperada candidatura de António Nobre, presidente da AMI e amigo pessoal de Mário Soares, seria um óptimo tónico para as presidenciais que ai se avizinham, chamando à liça personalidades da vida pública, não políticas, que se sentem no direito de dar ainda mais de si, no caso, para uma área muito carenciada de gente com capacidades de liderança, não pairasse no ar a desconfiança de se poder tratar de mais um acerto de contas entre Mário Soares e Manuel Alegre. Eu quero crer que não. Que Fernando Nobre pensa pela sua cabeça e pretende enaltecer estas eleições, revestindo-as de maior dignidade. Seja como for, desconfio que quem terá esfregado as mãos de contente, terá sido Cavaco Silva...

domingo, fevereiro 07, 2010

Conferência Alentejo2015 - Alcáçovas em confraternização final





Aspecto da confraternização final, após o término do debate, durante o beberete oferecido gentilmente pela Junta de Freguesia das Alcáçovas.

Conferência Alentejo2015 - Alcáçovas em debate







Momentos da conferência-debate, entre os convidados do painel e algumas questões colocadas pela plateia. Entre todas as fotografias aqui colocadas, pode-se constatar que o espaço foi escasso para tanta audiência interessada, diria mesmo ávida de sentir o pulso do novo ministro da Agricultura.

Conferência Alentejo2015 - Alcáçovas em Festa








Recepção de boas vindas aos convidados da conferência «A nova Agricultura Alentejana: desafios e oportunidades» organizada pelo Fórum Alentejo 2015, patrocinada pela histórica SUA - Sociedade União Alcaçovense.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

De Alcains, sai um casamento

Acabadinho de assistir às declarações do exmo. Presidente da República sobre as recentes afirmações do comissário Almunia, refuntando o sentido e a simplicidade que este último deu às contas públicas portuguesas e, acrescentando que os agentes económico-financeiros devem ter confiança em Portugal, que sempre foi cumpridor das suas exigências externas, noto um reatamento no namoro entre a Presidência da República e o Governo. Sinto que haverá quem esteja com ciúmes...mas não vou na onda das coscuvelhices!

Congratulo-me,

Quero o divórcio já.

Depois das recentes declarações do comissário europeu para os assuntos económicos, o espanhol Joaquín Almunia, está tácito e irrevogável o divórcio entre Portugal e Espanha. Nada como socorrermo-nos da velha e sábia gíria popular: de Espanha nem bom vento, nem bom casamento. É caso para dizer que com amigos destes, quem necessita de inimigos?

Eu vou! E tu?

Porque aqui não há censura

«O Fim da Linha
 
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.»

Mário Crespo