Mensagens populares

sábado, agosto 20, 2011

Microfauna alentejana

João Ferreira dá nega e o Sporting agradece

Não me esqueço do golo validado a Ronny do Paços de Ferreira, em Alvalade há umas épocas atrás. Quem não deve, não teme e certamente que neste caso João Ferreira temeu!!
Mas de qualquer forma parece que esta recusa deve exigir consequências pelo facto de, segundo me parecer, nenhum árbitro de futebol de 1ª divisão se poder recusar a dirigir um encontro para o qual foi indigitado pelos argumentos veiculados por João Ferreira para tal. Imaginemos que agora, visto a APAV solidariza-se com o profissional , todos os árbitros subsequentemente nomeados para o substituir agem em conformidade com a atitude do seu colega e APAV? Como é que fica a partida entre Beira-Mar vs Sporting?  Em casos laborais, quando um profisisonal se recusa a trabalhar, será devidamente penalizado por essa atitude. Só espero que o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Profisisonal de Futebol, Vítor Pereira aja prontamente sobre esta caixa de Pandora que se poderá abrir!! Caso contrário, a posição do respectivo dirigente sairá fragilizada e a sensação de impunidade no futebol profissional em Portugal aumentará exponencialmente...
Por último e ainda em relação à arbitragem, depois das duas grande penalidades assinaladas em favor do FCP nos dois primeiros encontros da Liga Zon, suscita-me um questão: Porque é que o FCP nunca se queixa da arbitragem e muito menos o seu presidente? Apenas porque esta tem sido isenta realtivamente ao FCP nestes últimos 30 anos?

domingo, agosto 07, 2011

Nem devia ser notícia...



...só o é porque estamos em Portugal e, até ao momento o que é Nacional não é bom!!
Alterar esta mentalidade custa, mas ganho este desafio muitas portas abrir-se-ão!!

sábado, agosto 06, 2011

Goa revisitada

Esta é uma foto reportagem do fotógrafo Miguel Manso sobre a Goa do presente, 50 anos após a abandono da Índia, provocado pela invasão da União Indiana. É uma região que infelizmente ainda não conheço, mas como português, gostaria muito de visitar pela genuinidade e preserverança de algumas castas goesas, que teimam, não obstante a aculturação do Estado Indiano tem fomentado nesses inóspitos recantos de portugalidade, para manterem vivo o orgulho que têm nas suas origens lusas. O fotógrafo ou fotojornalista (não sei como o meu amigo Luís Miguel prefere ser considerado) teve a curiosidade, mas sobretudo a oportunidade e audácia de,  nesta comemoração de 50 anos de Goa indiana, voltar registar pela mão de uma objectiva alguns aspectos mais iconográficos desse paraíso oriental.
Sinceramente fiquei supreendido, mas ao mesmo tempo agradado e regozijado pela belíssima lembrança!! Quanto à qualidade do trabalho, é uma evidência claromosa, não fosse também ele patrocinado pelo jornal Público.
Muitos parabéns ao fotógrafo e ao Público pela iniciativa que poderia doravante alastrar-se a outros tantos locais e evocações,  repletos de portugalidade e de estórias merecedoras de partilha pública.

Uma Troika de Saberes

Recentemente Vasco Pulido Valente redigiu um artigo intitulado "Grécia e Portugal". Confesso também que VPV é um dos poucos cronistas que leio na nossa imprensa escrita.  Porém, desta vez, seus escritos ecoaram de forma diferente na minha perspectiva sobre o tema em causa.
Não discuto até tanto o conteúdo, a mensagem per si,  mas sim a repetição da mesma e a ausência de optimismo e de alternativa ao cenário dantesco reiteradamente assinado por VPV. O diagnóstico está bem feito, mas o autor persiste no pessimismo, no imobilismo e na descrença. Adaptando a imagem do Velho do Restelo, VPV é um caseiro espectador de bancada.  Dito isto e soando a desilusão pessoal, pensei que o momento fosse outro, do tal sobressalto cívico de que falava  o senhor presidente e eu mesmo aqui. Em torno desta mensagem, parecia-me que ia tomando forma a necessidade geral de cada português dar um pouco mais de si, de incorporar a lógica patriótica, da solidariedade nacional e do tal dever cívico para poder lançar-se nesta nova epopeia portuguesa.
Julgo que já é tempo de reconhecermos que sermos apenas bons profissionais não chega para retirar Portugal do atoleiro em que alguns (muitos) pouco patrióticos atiraram. VPV é um excelente cronista, faz o seu papel enquanto tal e será também por isso bem remunerado. Mas Portugal carece de Patriotismo, talvez daquele que foi enterrado no pós 25 de Abril receando-se daí alguma semântica e associação fascista. Portugal necessita que demos mais de nós, que demonstremos vivamente o quanto estamos disponíveis e sequiosos de ultrapassar o momento presente.
Parece-me que o país está saturado de diagnósticos e de reconhecimento de erros, mas deverá ser capaz de os reconhecendo, perpectivando o futuro num plano de acção conjunta. Reconhecendo o inegável poder de crítica e reflexão de VPV, gostaria de o ver doravante a acrescentar aos seus textos, mais Esperança, mais Energia Positiva, mais Empenho. VPV além de um cronista, é uma figura pública com responsabilidade e poderes daí decorrentes. Muitos olhariam para o tom optimista do seu discurso como um exemplo a seguir. E é essa Esperança, elixir, tónico essencial para a superação das dificuldades que muitas vezes escasseia entre quem está na linha da frente do diagnóstico aos problemas com que nos temos de debater. Se este desafio aqui lançado tem algum virtuosismo, pretende sobretudo unir a forma dos saberes que muitas vezes se encontram dissonantes ou omissos. Se VPV sabe ser cronista e sabe dizer o que por terras lusitanas vai mal, também poderá saber fazer melhor por essa mesma terra, sob pena de incorrer no mesmo fado do povo lusitano traçado por Caio Júlio César: «Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa, nem se deixa governar». Um bom cronista, no meu modesto entender, pode ser mais que um indeflectível crítico do estado da nação. Pode e deve ser alguém que gize o destino do país, que alimente a sua sociedade de Esperança e enalteça também aspectos a serem corrigidos, mas sempre num olhar pedagógico e não meramente satírico. Este olhar positivo, idealista quiçá, mas sobretudo alavancador e concretizador de ideias forte e realizáveis, urge nos nossos cronistas. A esmagadora maioria, prefere a sangria da crítica nefasta, fraturante, omissa e inóqua, tão adoptada pelas elites políticas. Não tem que ser assim e, alguém poderia dar o exemplo. Gostaria que fosse o VPV...
Acrescento ainda que o saber  fazer algo mais pelo país (que perpassa toda a sociedade, toda a população e todas as actividades profissionais), pode ser, a título de exemplo, a participação activa em debates, conferências, colóquios, movimentos, associações, partidos políticos, emfim, em toda esta panóplia de situações ou grupos colectivos que visem aprimorar a qualidade da nossa Democracia e que façam igualmente de nós melhores cidadãos.
Recentemente li outro artigo (confesso que ando a ler um pouco mais que o habitual) do ex-ministro Campos e Cunha e gostei do seu "Ovos mexidos sem eles". Ora aí está uma mensagem objectiva e pragmática, objectiva e optimista, tanto na mensagem, como na Esperança. Vasco, aceita o desafio? Portugal necessita de todos sem excepção, mas necessita mesmo de todos em uníssono e optimistas para garantirmos a superação das adversidades.

Festival no Teatro Romano