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segunda-feira, julho 21, 2008

Cruel Verdade


Um electrizante filme sobre a mentira, a frugalidade, a evasão sentimental e o egoísmo pessoal nos dias de hoje. Vi este filme de 2004, apenas ontem mas depressa me tocou. Não tinha visto ainda tamanho arrojo em descrever com pormenor a patológica frugalidade das relações pessoais/amorosas das sociedades modernas.
Se é verdade que o cinema muitas vezes primou pelos finais felizes, pelos amores platónicos, a realidade é muito mais cruel do que esses quadros pintados de cor-de-rosa. Em Perto Demais, assistimos a essa dura verdade. Quase poderíamos dizer que se trata de uma obstinada demanda pelo vazio, pelo obscuro, pela ilusão, por tudo aquilo que mais depressa nos leva à infelicidade e depressão do que à realização plena da vida, o Amor.
No filme, curiosamente, acaba por vingar a procura da felicidade, da sinceridade e da objectividade. Afinal, mais um final feliz, quase sempre contraditório com a realidade vivida numa cidade perto de nós [ Mundo Ocidental], abundante de falsidade, de egoísmo e de ilusão.

domingo, julho 13, 2008

Malfadada língua portuguesa

Isto é o que dá de andarem sempre a empregar estrangeirismos e neologismos nas suas redacções!! E depois esquecem-se de como se escreve em Bom Português.
Talvez seja melhor, neste caso, a redacção d Expresso começar a tirar notas do célebre magazine das manhãs da RTP.
Já vimos pois, por estas e por todos os rounds (Sol de 05/VII/2008), marketings (Sol de 05/VII/2008), icebergs (Sol de 05/VII/2008), TGV´s (Sol de 05/VII/2008 e DN de 12/VII/2008)), mayors (Público de 06/VII/2008), vídeo-walls (Público de 06/VII/2008),
dossier´s (Jornal de Negócios de 11/VII/2008)...não podemos contar com os órgãos de comunicação social ( se fosse jornalista, desconfio que me saía antes media) para a defesa, valorização e mesmo promoção da língua portuguesa. Alguns dos quais têm mesmo que encetar cursos de português para redactores seus, pois beneficiência (em vez de beneficência) e dossier (em vez de dossiê) já inequívocos exemplos de erros ortográficos.

Museu do Chocalho - Alcáçovas

Como tive a oportunidade de verificar mais uma vez, este espaço, atrevo-me, exemplar único no nosso país, tanto pela temática e colecção, como pela informação personalizada e da gratuitidade da visita, é também um lugar de encontro de gerações e de desabrochar de memórias, algumas até recalcadas pela escassez de ouvintes num mundo crescentemente surdo.
Fui desta vez com um propósito definido e objectivo de entrevistar o seu mentor e proprietário, mestre João Chibeles Penetra e, num simples exercício de 15 minutos, eis que me perdi no espaço e no tempo por 2 horas.
Como é bom estar e viver na província!
Ao mestre João Penetra, os meus mais sinceros parabéns pela carolice de preservar aquilo que, nem gentes, nem instituições souberam fazer, mantendo viva a memória de um labor antigo e com expressão, numas Alcáçovas que só existem neste pequeno abrigo de História.
Endereço:
Rua da Esperança 154/156
7090-029 ALCÁÇOVAS

quarta-feira, julho 09, 2008

Sociedade de Massas e de Consumo

Nascida das resoluções de 1929 com vista a sanar definitivamente a crise financeira que grasava, a Sociedade do Consumo vê a partir daí, sobretudo nas décadas de 50 e 70 um aumento abrupto do consumo, alargando a toda a sociedade poder aquisitivo para bens outrora nas mãos de elites. O automóvel foi um desses emblemáticos exemplos, bem como a televisão. Quem não se lembra de ver nas aldeias mais pequenas uma ou duas televisões, nas mãos de ricos homens ou de alguma associação cultural e recreativa. Tudo o resto era um um deserto, um vazio! Com o automóvel foi o mesmo. Só meia dúzia de homens abastados é que detinham transporte próprio.E hoje!! Hoje está tudo nas nossas mãos. Tudo podemos comprar e todos podemos comprar. Desde os mais miúdos aos mais graúdos. Os primeiros podem (e devem) ter carro aos 18 anos, até lá esvaziando os bolsos semi-rostos dos pais na mais variada salada russa electrónica: portátil, mp3, consola, leitor de dvd, telemóvel...Aos segundos resta-lhes a sorte de terem almejado poupar (nao contar com a nossa Segurança Social, por favor) alguns tostões para poderem ser colocados num canto qualquer, chamado muitas vezes, de lar de terceira idade, ou então numa permuta algo duvidosa, entregam bens imóveis em troca de cuidados assistenciais para o resto das suas vidas.
Curiosamente à sociedade de consumo da 2ª metade do século XXI (maioritamente), muitas vezes antagónica, surge um novo desafio. Chama-se taxas de juro, inflação, combustíveis, desemprego, poluição ambiental, novas potências mundiais, etc, etc. Como conseguirá ela lidar com esta nova conjuntura apreensiva e asfixiante? Será que o sistema Capitalista conseguirá superar a situação com tratamentos convencionais? Terá que rapidamente encontrar um antídoto para este novo "veneno" ou, incapaz de o fazer, sucumbirá à vizinhança Socialista? Esta nunca antes teve tamanha oportunidade. Será finalmente agora?
Ou encontraremos uma solução já utilizada não apenas em países em vias de desenvolvimento, como noutros desenvolvidos, de créditos para bens de reduzido valor (máquinas de secar roupa, lava-loiças, máquinas de barbear, secadores, telemóveis...), tipo crédito para os combustíveis, empréstimos para bens de primeira necessidade... A solução para a crise será esta, aliada ao aumento do consumo (com inerente agravação do endividamento) ou antes o contrário, uma inversão no consumo e consequente reajustamento do mercado, entretanto bastante inflacionado? Veremos cada vez menos os nossos amigos e familiares distantes, adoptaremos meios de locomoção mais económicos, tornar-se-à o automóvel novamente um meio inacessível ao comum dos mortais?
O sono persistirá, ou...ops que acordamos todos desta ilusão, destes vendedores de sonhos que nos fazem viver além das nossas posses...

quinta-feira, julho 03, 2008

Sem surpresas

Não sei se alguém viu esta resolução da Liga de Clubes, mas se viram, pergunto se não acham esta atitude, no mínimo suspeita e anti-ética?
Obviamente que também sei que os deputados da AR nunca votariam numa proposta que reduzisse os seus salários, mas para um presidente (Hermínio Loureiro) que pretendia dar uma lufada de ar fresco ao futebol profissional em Portugal, persiste por aquelas bandas um mofo insanável.

quarta-feira, julho 02, 2008

Novidades no blogue

Queria apenas informar os estimados leitores deste blogue que a partir de hoje, para além de terem no painel direito deste sítio a opção Evasões Locais, recentemente actualizada com novas oportunidades de passeio e lazer, também está já disponível a opção Evasões Nacionais, onde as oportunidades se multiplicam pela beleza deste país que é Portugal...
Acrescento que a breve trecho incluirei novos items neste espaço.
Cordiais Saudações.