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...É uma boa ilustração!..analogia perfeita à retirada dos crucifixos das escolas!
ResponderEliminarAgora diz-me uma coisa: tens uma balança e num prato está toda a globalização que é impossível de parar, as fronteiras foram abertas e tens pessoas a estudar fora do seu país de origem, pura e simplesmente porque é justo e enriquecedor ter essa oportunidade!..No outro prato tens um miudo alemão cujos pais se mudaram para Portugal e são completamente agnósticos e assim o criaram..onde é q está o equilíbrio?!
Bethlehem
Olá!! Em primeiro lugar bem-vindo ao FrescosCampos. Espero que seja o primeiro de muitos comentários/reparos a fazer neste espaço de diálogo e discussão.
ResponderEliminarDito isto, gostaria de começar por dizer sinto que na globalização nem tudo são vantagens. Existe tb o reverso da medalha. Nessa problemática mundial, existem diferentes realidades, que apesar de terem diferentes tratamentos, não deixam de ser complementares, ou melhor,intrínsecos ao Mundo Contemporâneo. Vejamos! A Globalização levou por exemplo a gastronomia temática ao mais variados países. Se pretendermos ir a um restaurante italiano em Nova Iorque, poderemos ir sem qualquer dificuldade. Esta apenas se porá se, ao nos sentarmos à mesa pedirmos uma moamba! Não é de todo entendível que, num restaurante de comida italiana, sirvam um prato tipicamente angolano/africano. Portanto, nós quando nos dirigimos a um local, sabemos, ou pelo menos deveríamos saber das suas raízes, cultura, afinal da sua identidade. Temos o livre-arbítrio para decidir se arriscamos viver num Mundo diferente do nosso, com costumes, povos, línguas díspares. Este não nos é imposto. Se quisermos viajar até ao um país muçulmano, eles não nos obrigam a ser crentes de Maomé, mas no entanto, nós sabemos que em muitas mesquitas não podemos entrar e, as mulheres ocidentais, em muitos casos têm que trajar o véu sobre o rosto. Não é isso que lhes tirará, por ventura, se for o caso, a sua dignidade cristã ou judaica! Então se assim o entendessem, poderiam decidir se aí gostariam de ir ou não! Numa escola de Portugal, onde exista um crucifixo, o mal só está em quem vê esse incómodo, que descortina um sentido demoníaco. Não em quem lá está, seguro decerto, das suas convicções. Sobre a existência dos ditos objectos representativos da tradição cristã, apenas posso dizer ao meu amigo que isso está impregnado na nossa cultura, na nossa história. Não podemos querer ser "mais papistas que o Papa", pois se fôr essa a vontade, enquanto estudante de História, asseguro-lhe que delapidaríamos o nosso património histórico-cultural. Desde, a gastronomia, aos feriados, desde o Natal à lingua, até ao meu simples Adeus para si!! Este vocábulo era utilizado na sua génese para transmitir um desejo, o de entregar a pessoa de quem nos despedimos a alguém que a proteja. Neste caso, para o mais crentes, a Deus!!
Acha que devemos perder também este, quiçã trejeito, de memórias cristãs?
Fica o desafio!!
Abraço
Bem, se alguém se muda para um pais diferente tem de se habituar ao costume do dito pais. Se eu fosse morar para um pais Mulçumano, bastante conservador, teria que usar Burka, não por gosto mas porque são os costumes desse mesmo pais, portanto anónimo não considero esse teu argumento válido.
ResponderEliminarUm argumento mais válido seriam os milhares de crianças portuguesas, de religião mulçumanas, que frequentam escolas na margem sul.
Para mim de qualquer forma, é uma questão bastante exagerada de ambas as partes, se querem que vos diga, eu nem sequer me lembro se as escolas que frequentei tinham crucifixo. Aliás, perguntei a um responsável pelas escolas da minha cidade, se tinham o crucifixo e o que me foi respondido foi, que desde uma remodulação à cerca de 15 anos que nenhuma tem, e nem foi preciso lei.
Eu sou católica mas não percebo qual é a importância de tal objecto na escola, nem sequer têm aulas de religião e moral, as crianças estarão mais protegidas?
Frederico se formos por uma questão de cultura e tradição aí estou mais de acordo contigo.
A verdade é que por muito digam que o estado é laico, a verdade é que Portugal é católico e um pais bastante religioso e isso têm de ser respeitado.
Quanto a mim, penso que o nosso pais, infelizmente sofre de males bem maiores, para gastarmos o nosso tempo a falar deste assunto.
Votos de um BOM NATAL.
ResponderEliminarUm abraço.
Antes de mais nada, quero agradecer a apreciação que fizeram ao meu comentário.Respeito e concordo com a maioria dos vossos argumentos.Apenas queria ver se com a dicussão amigável conseguia encontrar aquilo a que chamo "equilibrio".
ResponderEliminarNa minha opinião, se me permitem, (e concordadando com os membros da Conferência Episcopal Portuguesa) neste momento os crucifixos nas escolas públicas, são mais sinais culturais do que símbolos religiosos...o que eu acho que tem sido complicado é encarar nesse simbolo religioso apenas a sua carga cultural, e daí conseguir ver nele a mesma expressão cultural que um chouriço ou um galo de Barcelos.
Frederico: numa altura em que a "globalização cultural" nos trouxe desencantos que tiram o protagonismo das beneces..é com mta satisfação que te vejo pelo menos a falar sobre este assunto.
As pessoas movem-se tão pouco em torno de algo..acho que já fico pelo menos contente ..que se movam e preservem!
MT:Tb concordo ctgo.E como já disse..queria apenas fomentar aqui uma discussão amigável que me permitisse ver os vários aspectos desta questão. E por aquilo que escreves, posso dizer que foi das opiniões mais "equibradas"que li.
Consegues ver a questão cultural e defendê-la..e ñ exarcebar a questão religiosa.
Concordo ctg quanto ao respeito que deve ser mantido pelo país anfitrião...o que me assusta são os fundamentalismos, entendes?!...e só queria falar um pouco sobre isso!
Muito obrigado aos dois..espero repetir!
Bethlehem
Bethlehem!!
ResponderEliminarQuero apenas demonstrar aqui que este espaço é de tolerância e respeito pelas ideias, por mais diferentes que as mesmas sejam!! Terás sempre espaço para as exprimires, desde que demonstres cordialidade e respeito pelas dos outros, como o fizeste, aliás! Relativamente à nossa pequena "discussão", a mim tb me assustam os fundamentalismos, de ambas as partes, claro! Mas é em lugares como estes, que eu pelo menos, tenho mais que o direito, a obrigação de demonstrar que deve sempre vingar a moderação e o respeito mútuo! Não poderá haver espaço para o radicalismo, nem para esse mesmo fundamentalismo! Tento dar aqui o meu modesto contributo, seja nesta problemática, seja noutra, o que importa é fazermos valer as nossas ideias e convicções!!
Boas Festas para ti e, já agora tb para a nossa "cúmplice" MT!
Aqui pelo menos, fala-se de coisas sérias e com argumentos apresentáveis! Parabéns!!
ResponderEliminarMuito obrigada pela simpatia e "diplomacia" :-)
ResponderEliminarFrederico, Agradeço as boas festas e retribuo!
Beijinhos a todos.
ResponderEliminarBoas Festas