Se quissessemos toda a paridade no Mundo, os prémios nóbeis seriam atribuidos alternadamente, por exemplo. Não o são, porque o Comité do Prémio Nobel não discrimina em função de géneros e, por isso dá o prémio em função da competência e do mérito. Se, coicidentemente têm sido entregues mais prémios ao sexo masculino, suponho que seja apenas por uma questão de formação, educação e cultura. A mulher até à sua emancipação na década de 20, após a Iª Guerra Mundial, fruto da realidade social, obteve conquistas, hoje incontornáveis, mas todas elas feitas em nome dessa realidade, não da imposição institucional/legal. Foi o facto de ela sair de casa, de começar a trabalhar, de se dedicar mais à sua formação e instrução que lhe deu um rol de novas oportunidades, tanto ao nível profissional, como do reconhecimento do seu mérito. Se há mais mulheres no ensino, logo há mais possibilidades de as mesmas terem sucesso nesta sociedade contemporânea. Será o tempo a determinar esta alteração e a dar-lhe uns tons mais equilibrados. Não deve ser feito por decreto. Não é assim que melhoramos uma sociedade e recrutamos o melhor que a mesma tem. Qualquer mulher que possa advogar este critério para o instituir entre órgãos políticos ou cívicos de um país, decerto estará a reconhecer que o seu género é mais fraco que o oposto e que não se considera capaz de, por mérito próprio almejar traçar o caminho da conquista e do prestígio!!! É uma pena que o Partido Socialista tenha seguido este caminho, mas sobretudo que as mulheres deputadas socialistas sejam coniventes com este paternalismo!
Fred, só agora é que voltei a ver o blog e a tua resposta ao meu comentário sobre o Fidel. Claro que sou eu. Adivinhaste. ahaha
ResponderEliminarSó para que fique bem claro: eu não gosto nada do Fidel nem de nenhum outro ditador. Seja de esquerda ou de direita. Apenas pretendo que não se use propaganda jornalística para servir interesses políticos. Houve vários ditadores - e nós temos um caso - que nunca retiraram benefícios materiais da sua condição. Mas também é verdade que a maioria o faz. No caso do Fidel não sei, mas tenho algumas dúvidas. É, ainda assim, apenas um pormenor insignificante perante outras situações bem mais graves. Já agora, não tenho nada de especial a dizer sobre paridade. Também não me agrada muito a ideia de impor quotas mas elas existem em muitos casos - não só em relação ao sexo - e com algum sucesso. Há, por exemplo, o Afirmative Act nos EUA que impõe mínimos para as minorias. Às vezes, este tipo de situações são necessárias para mudar as coisas. Pode ser aquilo que em Economia se chama second best. Não é óptimo mas é o melhor que se pode arranjar. É uma questão que podemos discutir depois. Mas parece-me que não estamos muito distantes desta vez. Abraço
Há, por exemplo, o Afirmative Act nos EUA que impõe mínimos para as minorias.
ResponderEliminarÉ compreensível mas impressionante como há a crença que o Estado é que produz "igualdade", quando por todo o lado as evidências são em contrário— o socialismo só tem provocado agravação e alienação social. Não queria entrar em analogias, mas a sociedade e o mercado têm todos os incentivos para não discriminar em função de factores tão insignificantes como a cor da pele ou sexo (e fazê-lo segundo padrões éticos e morais dos quais dependem a sociedade). Exemplificando, se eu tenho um negócio, não me importa quem são os meus clientes. E se sou cliente, quero é o melhor produto ao melhor preço independentemente do vendedor. É a maravilha do capitalismo que por este método, "classes" desfavorecidas possam, pelo seu trabalho, ter acesso a condições para melhorarem a sua condição, sem qualquer intervencionismo tosco. A mesma coisa acontece com as mulheres. As leis de paridade cavam um fosso matemático que dificulta a adaptação da socieade à sua crescente (e meritória, nos casos meritórios) preponderância.
Sobre a "bondade" das discriminações positivas, recomendo este livro, do excelente Thomas Sowell.
Nem de propósito, um artigo do TS.
ResponderEliminar(notes-se que em "americano", liberal quer dizer "socialista")