No seu editorial do "DN" de 3 de Setembro de 2006, João Morgado Fernandes envolve a direita portuguesa numa autêntica demanda pelo seu espaço, pela sua orientação no espectro político portugês. Fala das deambulações políticas de Manuel Monteiro, nas aventuras de Pedro Ferraz da Costa, dos blogues, mas é tácito apenas num ponto: este discurso envolve apenas o CDS-PP e as suas franjas e, «eventualmente, uma pequena fatia do PSD». Prossegue com, «o PSD de Sá Carneiro a Marques Mendes, nunca foi um partido de direita[Eureka!!]...ao qual as ideologias tradicionais pouco dizem e que assenta basicamente, no pragmatismo...nesse adn de máquina de poder, não se distingue do PS.» João Morgado Fenandes diz que o PSD tilinta a alma gémea do PS, designando-o na família política por centrão ou bloco central.
Não obstante o PSD não pretender fazer qualquer discurso sobre a direita, de fusões ou cisões, existe espaço nessa ancoragem ideológica para uma reestruturação política que, caso seja bem sucedida, é um motivo seu de preocupação. João Morgado Fernandes culmina assim o seu artigo: «...mesmo não sendo de direita, este é um debate que lhe diz respeito.»
Sem comentários:
Enviar um comentário