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sexta-feira, dezembro 15, 2006

"Em Democracia não há intocáveis."

cortesia TVI

Guardo esta frase de Manuel Alegre para dizer que, e pela primeira vez aqui abordo criticamente o CDS-PP, Nuno Melo a ser um político íntegro e de coerência não tem outra solução que não seja a de pedir a sua demissão.
Não faz sentido nenhum este mesmo líder parlamentar estar institucionalmente obrigado a obedecer a um presidente no qual não se revê e num cargo(do presidente) para o qual deseja outra pessoa!!
A direcção do CDS-PP que muito fez pelo partido, gostando-se mais ou menos da sua actuação política, programática e mediática, não tem culpa de ter vencido as eleições no congresso de Lisboa e de ter batido aos pontos um candidato que era tudo menos isso: um Candidato.
Ribeiro e Castro foi leal a Portas em toda e qualquer circunstância e foi dos seus dirigentes aquele que mais trabalho palpável apresentou. Não entendo esta marcação cerrada ao homem que se sujeitou a fazer toda aquela travessia do deserto que a maior parte dos políticos não se arrisca a fazer!!
Também eu gostava mais do ímpeto e da combatividade política de Paulo Portas, mas assim, desta forma não acho que venha acrescentar algo novo ao partido e a toda uma praxis política que gostaria de ver extinta no nosso país!! Se para Maquiavel "os fins justificam os meios", para mim, quaisquer os fins que sejam, não justificam meios menos íntegros para os almejar. Julgo que Paulo Portas também pense assim e, por isso, irá deixar este líder seguir o seu caminho, seja ele longo ou mais curto, mas que trabalhe em prol daquilo em que acredita, sem que Paulo Portas intervenha( directa ou indirectamente) para forçar alterações intempestivas aos mandatos desta Direcção. Quando digo indirectamente, refiro-me concretamente a não desmentir categoricamente afirmações de alguns deputados, onerosas para a direcção nacional e anuir em interpelações de jornalistas nesse sentido.
Às vezes o silêncio vale ouro ou por mil palavras!!
Só não espero no final de Fevereiro, caso se concretize o desfecho dramático do Sim vencer o referendo ao Aborto, aqui d´el rei, eis que chega Paulo Portas como o salvador da Pátria.
Sinceramente pensei que este género de filmes já estava obsoleto na realização cinematográfica.
Tudo tem(ou deve ter) o seu tempo.
Quanto a Nuno Melo! Sinceramente...não há condições!!

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