Uma provocação nunca vem só! E, aproveitando a deixa de um famoso filme que passa hoje ao serão da RTP, John Q., protagonizado por Denzel Washington, que representa um pai desolado por ver o seu filho morrer à mercê de um inexistente SNS, sem possibilidades de sucesso para tratar a insuficiência cardíaca do filho, visto o seu seguro não cobrir transplantes... Um país retratado desta forma, fria e cruel, onde cada cidadão, cada doente nos EUA está dependente dos interesses das seguradoras, permite que muita poeira paire no ar e muitos interesses individuais(curiosamente) não sejam salvaguardados.
Curioso é sentir a passos largos que as forças políticas nos EUA caminham para o sentido já trilhado pelos europeus, na forma prática de um sistema nacional de saúde que seja congregador dos direitos dos cidadãos no que toca à assistência médica. No entanto, temos entre nós, apelindando-se de liberais, na verdadeira acepção da palavra, políticos/pessoas/bloguistas, que supostamente defenderão um sistema algo semelhante com aquele que permitiu que esse filme tivesse argumento coincidente com a realidade vivida nos EUA. Intuo que defenderão, pois esse é o paradigma de um Liberalismo total no campo da assistência médica. Cada um por si e o Estado fica a ver...
Termino com outra provocação: como é que pode coabitar esse (ultra)Liberalismo na Democracia-Cristã do CDS?
Fred, como não vi o filme não posso comentar, mas ainda assim arriscaria a perguntar qts pessoas ficam de fora no nosso SNS e quantas estão nas listas de espera (muitas vezes sem serem atendidas a tempo)? Não será essa margem proporcionalmente mto maior?
ResponderEliminarabraço