É precisamente este pressuposto que verifico nalguns municípios nacionais e, curiosamente ou não, entre os quais alguns alentejanos. Socorri-me de mais uma visita à Sintra do Alentejo, conhecida entre nós por Castelo de Vide para atestar desta prioridade autárquica. Julgo que o futuro do nosso Alentejo passará inquestionavelmente pelo turismo e o turismo de cariz cultural tem ainda uma enorme margem de progressão na região alentejana como complementaridade ao turismo de natureza e ao turismo gastronómico. Apesar de muitas vezes se exigir algum esforço financeiro e logístico às autarquias para que possam pôr de pé infra-estruturas básicas para a recepção de visitantes, estes custos são rapidamente amortizados pela riqueza que os mesmos acabam por trazer à região de forma indirecta, através de alojamento, refeições, deslocações e bilheteiras entre outros. Certamente que a aposta no Património Cultural de determinada região não é um investimento com retorno imediato, mas com a devida estruturação desses custos e com uma dose bem medida de divulgação, é um investimento garantido e sem risco algum, tanto para os dirigentes autárquicos, como para os seus munícipes/contribuintes.
Deixo em baixo um pequeno registo fotográfico dos materiais arqueológicos expostos no Centro Interpretativo do Megalistismo do Nordeste Alentejano, no antigo paiol do castelo de Catelo de Vide.
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