O Iº Ministro de Portugal, dr. Pedro Passos Coelho pediu recentemente uma refundação para Portugal. Admitindo que não é todos os dias que se celebra tão efusivamente e pomposamente um feriado e, mais ainda se estuda e clama pela sua reposição, poderemos pois estar perante a satisfação do "capricho" do nosso Iº Ministro. Mas estaríamos sobretudo perante a necessidade histórica do país romper com as suas mentalidades anquilosadas e encetar um novo empenho e patriotismo assentes numa cidadania activa, responsável e escrutinadora de quem nos governa. Parece adquirido que é necessário, urgente até que os portugueses deixem para trás o alheamento, a inércia, a desresponsabilização dos actos de quem nos governa e queiram assumir as suas responsabilidades nos actos eleitorais, no escrutínio dos seus governos, na reposição de determinadas injustiças. A questão da extinção do feriado do Iº de Dezembro parece, inevitavelmente uma dessas injustiças decorrentes dum processo sem diálogo, sem sensibilidade e sem argumentação válida para o efeito, mas mais grave ainda, evidenciando acentuada impreparação do elenco governamental para o lugar que ocupa.
A demonstração de vitalidade e de insurgência do povo
português perante decisões feitas à sua revelia, sem sensibilidade nem
fundamentos, é um cabal aviso aos governantes de quem têm de governar para os
portugueses, cumprindo as suas promessas, satisfazendo as sua necessidades mas
também respeitando a sua memória histórica. O erro será inevitavelmente
corrigido em governos futuros que saberão repor a dignidade que o dia nos
merece. Aos participantes no evento em Lisboa, sobra-lhes a resiliência e a
demonstração de força e vontade quem têm em se assumirem como portugueses,
livres e independentes, assim como o desejaram os nossos antepassados há 372
anos atrás.
O dia foi efectivamente marcante e histórico. Se vai obedecer ao processo de refundação do país tão profusamente ambicionado pelo executivo governamental? Suponho que sabe-lo-emos no próximo dia 1 de Dezembro de 2013!!
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