Sinto-me envergonhado por tê-lo tido como reitor. Não pelas constantes afrontas que teve para com os estudantes, não apenas pelo seu espiríto muito pouco dialogante para com os mesmos enquanto fui estudante-senador, não pela hipoteca de muitos direitos inalienáveis dos estudantes, mas também pela sua decisão sobre a tão propalada Providência Cautelar interposta pelo estudante Frederico Diniz. Providência Cautelar que atentava não apenas contra eleições que V.ªEx.ª entendeu( e bem na minha modesta opinião)repetir,mas igualmente contra a sua postura e princípios em todo este processo! Este estudante, sob a capa da sua lista ( LISTA S) chegou inclusivé a escrever num comunicado que lhe estendiam a passadeira para que o reitor saísse com dignidade!! Dignidade que não existiu de sua parte, por ceder às constantes pressões da lista S, do seu apoiante( que nas suas costas bastante criticou o seu mandato) Prof. Jorge Araújo e demais docentes universitários! Dignidade que não existiu por dar por certa a posição da Lista S, logo admitir o seu erro, ao anular a Providência Cautelar sob pretexto da sua continuidade embaraçar a gestão corrente da UÉ. No final de tudo isto o que sinto que ficou?
- sensação que vale a pena jogar com todas as cartas, mesmo que o jogo regular o impeça;
-a ideia que a Lista S tivera razão na questão do processo eleitoral exlusivamente subjacente aos discentes, quando a Comissão Eleitoral pelo Reitor nomeada, elaborou 3 boletins de votos distintos, um para cada lista concorrente, quando para funcionários e docentes, era apenas um;
- os estudantes não interessam realmente aos docentes e à Reitoria, que apenas o que quiseram foi cumprir o regulamento, sem estarem interessados nas possíveis irregularidades que pudessem ocorrer nas suas eleições. Queriam apenas os tais 10 estudantes para o Senado e os 15 para a Assembleia Universitária, sem se incomodarem com regras a cumprir e seriedade na participação no "jogo";
- um vontade incessante e deglutinadora dos partidários do Prof. jorge Araújo de acelerarem todo o processo, visto terem garantido os votos, a priori, para ganharem as eleições no órgão próprio, sito Assembleia Universitária;
- uma inércia e pouco esclarecedora informação às listas que reclamaram do acto eleitoral nas 1as eleições (vulgo Lista M e Lista U), por parte do Gabinete Jurídico do Reitor;
- uma cobardia do Reitor Prof. Manuel Ferreira Patrício em não ir até ao fim de todo o processo. Ao voltar a trás na palavra e desistir de argumentar judicialmente contra quem interpôs uma providência cautelar contra as suas deliberações, admitiu um erro, que nós, Lista U nunca julgámos existir, passando a si próprio e a toda a sua equipa um atestado de ignorância e incompetência!
-a vitória da imoralidade, da vaidade, do tráfico de influências e do comodismo pairou na academia eborense.
Mais que envergonhado, sinto-me vexado e ultrajado pela inaptidão e cobardia demonstrada pelo Sr. Prof.º Manuel Ferreira Patrício, curiosamente ou não, professor catedrático do Departamento de Pedagogia e Educação da Universidade de Évora!! Que apologia à Pedagogia feita com esta determinação, mesmo à sua saída, não com passadeira, não pela porta grande, mas pela "porta do cavalo"!
Quem amor próprio não tem, dificilmente terá o dos outros!!
...Talvez um dia mais tarde, com a distância da História, se saiba o que motivou tal processo e tanta "confusão" em torno de uma (ou várias) eleições.
ResponderEliminar...Talvez, num futuro próximo se entenda verdadeiramente o que aconteceu.
...Talvez só alguns, mais atentos ou então mais distraídos, o possam vir a entender!!!
partilho totalmente a tua opinião o que se passou na nossa academia foi uma vergonha a céu aberto, mas eu coisa é certa não são actos como este que me irão tirar os meus princípios, pelos quais lutarei até onde for necessário. um abraço
ResponderEliminarCaro João!!
ResponderEliminarAntes de mais, quero agradecer-te pelo tempo e atenção que depositaste no meu comentário! Muito obrigado, antes de mais!
Relativamente ao mau perder, se considerares que é mau perder estar convicto da razão e da justiça e sentir que, não obstante estarmos a defender a dignidade dos estudantes, existe uma lista que põe isso em causa, apenas pelo único facto de ter tido uma esmagadora maioria nessas eleições! Se definires como mau perder, sentirmo-nos injustiçados pelo facto de, Lista U e Lista M( atenção que não é apenas uma lista)fazermos ver às entidades e demais órgãos competentes que houve irregularidades no processo eleitoral e, que agiríamos em conformidade, até às últimas consequências, sempre na escrupulosa defesa dos direitos dos estudantes,para logo depois vermos essa determinação ter a compreensão do Sr. Reitor! Se chamas mau perder a, por imperativos de ordem eleitoral, de pressões de uma das candidaturas, que entroncaram até ao Ministro do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Prof. Mariano Gago, sob a capa da resolução do Processo de Bolonha, negando a verdadeira justiça, a autêntica e cristalina verdade moral, podes sem dúvida dizer que tenho mau perder, sem receio das palavras, pois acato-as subordinadamente! Não sei sequer se és estudante da UÉ! Por acaso, até tenho curiosidade em sabê-lo!! Mas se és e, se te recordas das últimas eleições para a AEUÉ, entre a Lista V( vencedora) e a Lista X, da qual fazia parte, saberás, de certo, que não houve uma única palavra minha pública de desagrado ou oposição à lista vencedora. Quem comigo esteve na noite dos resultados confirmar-te-á que quis abraçar o presidente vencedor, vulgo Miguel Cachão, desejando-lhe as maiores felicidades, afirmando que doravante eles eram a minha Associação! Não sinto que esse mau perder de que falas se reportará a uma ideia mesquinha, pouco democrática e de ressabiamento!! Sinto apenas que, neste caso em concreto, o Sr. Reitor voltando com a palavra atrás( e aqui já nem vou falar da sua perda de autoridade moral e de autêntica subscrição da sua incompetência profissional), deu azo a que quem ganhou, hipotecando valores fundamentais da dignidade estudantil, da credibilidade e seriedade dos estudantes, ganhasse, no meu entender imerecidamente, pois não obecedeu às mais elementares regras estabelecidas e de Democracia e Pluralismo cívico.
Pergunto-te eu porque é que a pressão é exercidade em torno do Reitor e, porque não em torno do estudante Fredderico Diniz que, como tu decerto sabes, foi o promotor da tão badalada Providência Cautelar? Porque é o Reitor a ter que ceder( inexplicavelmente e cobardamente, desculpa a verocidade das palavras)e não o meu colega Frederico Diniz? Porque ao que parece nesse mesmo despacho a que tu aludes, não senti que o Reitor retirasse fundamento algum ao que o moveu para repetir o processo eleitoral junto ods estudantes? Apenas falou em questões práticas, orgânicas e de índole de funcionamento emergente, para retirar o processo, através da anulação dum despacho seu! Para mim, não há nada mais importante que a transparência, o cumprimento pelas regras e o respeito pelos adversários! E isto, inquestionavelmente, senti que não foi respeitado. Dessa forma, não haveria nada mais importante que o restabelecer desses princípios. Sem pressões exteriores ou interiores! Tudo o resto deveria submeter-se a essas máximas! Esta alegada e subtil pressão superior, sabendo por ventura de antemão das hipóteses que o colega Frederico Diniz tinha em tribunal, fez o jogo da espera, dada a morosidade do nosso sistema judicial, para depois, em cima da hora dizer, Sr. Reitor, entenda-se lá com o seu séquito que não podemos dar-lhe mais tempo! Se o tribunal não diz nada, o sr. terá que tomar uma posição sob prejuízo da academia que V.ª/Exª. representa...
Relativamente ao ganhar e perder em democracia, com todo o respeito, mas não és tu que me irás falar concerteza de eleições, de respeito por resultados e por estreito cumprimento das minhas obrigações democráticas! Quem me conhece, sabe bem, qual tem sido o meu percurso de há 10 anos a esta parte e, por isso evito responder-te nessa matéria!! Se me quiseres conhecer e, dessa forma aferir dos meus sentimentos e fundamentos para o que aqui disse sobre o Sr. Reitor Manuel Ferreira Patrício, sinto que entenderás de imediato porque digo que esta proeminente figura não carece de quem por si queira interceder!
Atenciosamente,
Frederico Carvalho
Caro frederico,
ResponderEliminarSou aluno da UÉ e nunca tendo participado em nenhum orgão, sempre estive atento ao que se passa. Estive atento às eleições do ano passado e deste ano, assim como estive nos debates dos reitores e, logicamente, votei para as eleições para o senado e para a assembleia.
Escusas de me vir dar lições de moral, nem usares "palavras caras" sobre a "tua" explicação e a tua "visão" dos acontecimentos. Também não concordei com os boletins e também tive pena que a situação não se tivesse resolvido pelos tribunais, mas tendo em conta a nossa justiça, compreendo a atitude do sr reitor. Ele defendeu a instituição. Votei em voçês e não "morro de amores" pelo frederido dinis. Acho um zero e se será umas das nossa futuras chefias, este pais está "tramado". Acho q este pequeno episodio serviu para mostrar o quanto "birrentos" somos todos nós. Mas isso é a minha opinião.
um abraço
João Santos
Frederico,
ResponderEliminarPenso que estás a ser injusto com o Professor Patricio, na minha opinião ele fez o melhor que pode tendo em conta o estado em que se encontrava a UE, mas não o vou defender até porque ele o faz melhor que ninguém.
Quanto às eleições todos nós ficamos perplexos com o acto eleitoral que tantos atropelos ao seu normal funcionamento, todos gostariamos de ver feita justiça, mas a realidade é que a Instituição ira sair bastante prejudicada, embora o mesmo aconteça com aquele lobby a representar os estudantes.
Por isso, o que seria melhor... eu pessoalmente não sei.
O que te posso dizer é que tenho muita pena que tudo tenha resultado desta forma.
Beijinhos