Muito modestamente, transcende-me o que leva a jornalista Ana Sá Lopes a trabalhos jornalísticos como aquele que vi publicado no jornal diário "Diário de Notícias" de 18 de Novembro de 2007, sob o título "Deputados do PSD na campanha do Sim". Realmente sou leigo, mas não deixo de ser igualmente um leitor, inclusivé um leitor assíduo do diário em destaque e, por isso, não fiquei indiferente ao artigo já citado. Isto porque, por mais que eu não lesse os variados artigos de opinião(sublinho a palavra) de Ana Sá Lopes, que não a visse pela televisão portuguesa dissertando pelos mais variados motivos, saberia desde logo qual é a sua orientação ideológica e quão exageradamente faz parte do seu quotidiano, ao debruçar-me numa leitura quiçá de pouca acuidade, desse mesmo artigo.
Vamos ao texto!
No conteúdo da sua reportagem jornalística subentendia-se que a campanha dos movimentos pelo Sim ao referendo da IVG teria granjeado novos reforços junto da Direita portuguesa com o declarado apoio ao cito movimento de figuras do PSD.
1º - Num simples exercício crítico de leitor que sou do jornal "Diário de Notícias" respeito e respeitarei sempre a posição pessoal da pessoa Ana Sá Lopes, mas julgo que no artigo publicado e aqui referido, não se trata de um artigo de opinião, nem a autora fala em seu nome, mas do jornal que representa. Dando sempre a hipótese do contraditório, ou da outra face da moda, como queiram, também poderia incluir os inúmeros casos de figuras de Esquerda e do Centro -Esquerda português que fizeram questão de não evitar um choque com as posições oficiais das correntes ideológicas que as une. Quem tivesse menos pudor, poderia mesmo acusá-la de utilizar um jornal para fins meramente políticos, tentando instrumentalizar ou desvirtuar o sentido dos factos reais. Num jornal com pergaminhos de isenção e rigor, esta poderia ser considerada por muitos como uma clara machadada nesse princípio essencial dos magazines jornalísticos.
2º - O PSD não representa, de forma alguma o Centro-Direita em Portugal. Portanto essa notícia, no mínimo seria falaciosa, pois em Portugal, PS e PSD comportam-se como gémeos verdadeiros, onde muitas vezes um toma oportunamente o lugar do outro. E como é possível isso acontecer? São verdadeiros, logo são iguais.
3º - A Direita Portuguesa e o Centro-Direita, vulgo PND e CDS-PP são unânimes e coesos na sua inapelável defesa do Direito à Vida Humana. Não vi, nem sinto qualquer fricção ou divergências nesse âmbito.
4º - Voltando, neste caso, ao meu estigma enquanto leitor "DN", não posso deixar de exprimir uma opinião, também ela muito pessoal, mas algo negativa perante uma notícia onde não denoto verosimilhança alguma com a realidade vivida.
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