Nem queria acreditar no que ouvia do solene discurso de Daniel Oliveira, presente no último Prós & Contras, sobre a selecção nacional enquanto factor de coesão ou alienação. Não é que me senti plenamente identificado com o que o célebre bloquista afirmava sobre a sua condição humana de direito à individualidade, muitas vezes ofuscado pela noção/ideia de Nós, muito à maneira salazarista com a qual não se identifica(nem eu). Obviamente que tudo isto se submetia à ideia de que não podem existir falsos unanimismos, seja na selecção nacional, seja no quotidiano de um país chamado Portugal. No entanto, queria ainda dizer duas coisas:
- considero-me de Direita(lá estou eu com egocentrismos) pelo facto de dar primazia na minha vida ao direito à diferença, à individualidade, no fundo a ter opiniões díspares sobre tudo e todos, sem ter que ser rotulado ou encaixotado em grupos ou facções, pelo facto que cada indivíduo ser um ente inimitável e pejado de caracteres sociais, culturais e psicológicos diferenciadores. Há quem diga que é por isso que a Direita é tão fraccionária e atreita a solidariedades e uniões políticas, mas isso deve ser algum cliché estéril e bacoco!
- o BE deve ter progredido bastante e, qualquer dia encontramo-lo a fazer procissões de fé sobre Bush, ou então para não perder o seu pupilo Daniel, permitiu uma adenda à teoria marxista-leninista-maoísta, para que os intelectuais( que era aquilo que este jovem jornalista, político...!! whatever, gostaria de ser) possam ser pessoas banais, além do irrevogavelmente praticável pelos princípios teóricos do mesmo partido e, dessa forma, terem o direito a falarem pela sua, da sua e para a sua voz, escusando-se a presunçosas e paternalistas ideias e afirmações colectivistas. No fundo, de darem uma no cravo e outra na ferradura, ou então seguir a máxima "faz o que eu digo, não faças o que eu faço". É por isto tudo que apesar de respeitar a Igualdade, prezo muito mais a Liberdade...
Sem comentários:
Enviar um comentário