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quinta-feira, setembro 08, 2011

Vai-te embora Relvas, vai

Há um episódioda minha existência pós-adolescência que, por mais insignificante que seja, pelo riso que me provocou perdurou na minha memória. Certo dia, vinha eu do campo a ouvir uma rádio local (alentejana) quando dei por mim a dar atenção ao programa de discos pedidos. O cómico deste corriqueiro e trivial cenário foi quando um ouvinte pediu a música do Fernando Correia Marques, "Vai-te embora melga, vai". Até aqui tudo sem graça, mas a piada eclodiu quando o locutor agradecendo o pedido questionou se o ouvinte queria deixar alguma dedicatória especial. Este numa inusitada prontidão atira: «À minha sogra».
A piada pode ter sido elementar e até gasta pelo protagonista visado, mas trago-a de novo à ribalta para uma dedicatória diferente. Desta feita quero dedicar este hino popular ao ministro adjunto e dos assuntos parlamentares, Dr. Miguel Relvas.
Não o faço para reeditar a serôdia graça, mas porque entendo que esta sombria personagem política tem ou pode vir a ter um prejudicial papel sobre um Governo que se quer credível, empreendedor, mas sobretudo patriótico. E, para haver uma perfeita simbiose entre estes pressupostos é igualmente necessário que o executivo benefície de ponderação, tranquilidade e confiança. Isso é tudo quanto uma melga não pode dar a um modesto político. A sua presença junto de um qualquer elemento governativo certamente que perturbará a sua paciência, tal como o seu sonoro zumbido afectará naturalmente os níveis de concentração desejáveis para tal função! Todos sabemos o  quão persistente tem sido a melga maçónica junto da classe política, essencialmente do bloco central nestas últimas décadas de Democracia em Portugal. A sua presença agrava-se por contaminar o desejável espírito patriótico que possa existir num elenco governativo, semeando a lógica corporativista, do tráfico de interesses e parcial das atribuições de um Estado de Direito. A existência de insectos pouco transparentes que muitas vezes não se vendo, ouvimos esvoaçar  sem saber a fazer o quê, preocupa seguramente.
A filiação em associações corporativas, elitistas, enigmáticas, sem atribuições específicas e transparentes, cabais e com fins generosos, deveria ser incompatível com o exercício de cargos governativos, sob pena de os interesses de umas se sobreporem a outros mais amplos e inequívocos.
Estou convicto que este prolongado zum-zum no nosso quadrante político-partidário tem prejudicado de sobremaneira a qualidade da nossa Democracia e da seriedade da respectiva classe política. No meio de décadas de militante existência e subversiva acção, o que fica da sua herança para os vindouros? É correcto colocar a questão; o que é que esta melga fez por Portugal? Ou, ao invés, deveríamos inquirir sobre o que é que este insecto meloso fez com Portugal? No final de contas, entre algumas questões e outras tantas dúvidas, a dita melga voa, voa, incessante sobre conturbados ambientes. E tanto é assim que, com tamanho e ensurdecedor zumbido nem Passos Coelho já se consegue fazer ouvir.
Uma coisa sei, seja Relvas a melga ou mero veículo de transmissão do dito insecto e seu estorvo até ao Governo, que vai haver chatice, lá isso vai...

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