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terça-feira, janeiro 29, 2008

A partilha


fotografia de Sebastião Salgado
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Evocarei um aspecto polémico para uns, certamente aceitável para outros.
Quanto maior ou menor é a capacidade económica de um indivíduo, menor ou maior probalidade tem este de sucumbir perante a tentação do poder e do dinheiro. Este premissa tenho-a para mim como algo de, em abstracto, bastante plausível. Não quero com isto dizer que não haja pobres honestos e ricos corruptos. No entanto, também não deverá ser inusitado ou inocente o facto de quem tem poderes na área da fiscalização para o Estado, ser ou dever ser altamente remunerado. Seria, digo eu, uma forma de diminuir o risco de este ser tentado a praticar ilegalidades(na forma de corrupção) sob prejuízo do bem público.
Quando vemos um político de um governo por meio de um pretenso concurso público atribuir uma licença, um contrato, um parecer favorável a uma empresa, sem grandes motivos aparentes justificativos e, logo após a saída do mesmo desse cargo, o vemos a seguir nova etapa profissional nessa msma empresa beneficiada, ficamos racionalmente, entendo, receosos da seriedade desse mesmo político!
Quando em África vimos que, países recentemente independentes, estão abocanhados por políticos autoritários, corruptos, egocêntricos e violentos, sentimos que a tentação do poder e do dinheiro é muito forte e perecível para quem nunca teve nada e se imagina de um dia para o outro na lista anual da Forbes dos multimilionários. Dá-lhe poder, dá-lhe notoriedade! É a expressão máxima do sucesso vindo de alguém nativo de um continente onde isso poderia ser apenas uma miragem...Só não lhe dá, digo eu, mais uma vez, legitimidade para hoje, passados tantos anos de independência destes países, muitos com os mesmos governantes desde que incursaram pela sua independência ou seus próximos familiares e amigos, falarem em convicções, em causas independentistas fundamentadas, em africanidade, em ocupações do homem branco,etc..Todos eles, quase sem excepção, provaram que as suas causas foram todas elas ditadas pela cor do dinheiro e pelos interesses pessoais.
O que podemos ver no "Fiel Jardineiro" de Fernado Meireles ao nível da leviandade dos governos africanos para com as suas populações, vimo-lo anos antes por parte de pretensas justiceiras democracias norte-americanas, inglesas, francesas ou potências comunistas da China, Cuba e URSS relativamente à política colonial e às suas relações com movimentos independentistas africanos, onde se falava à boca cheia dos direitos daquela gente a ter uma vida melhor, a ser soberana, a ser respeitada nos seus usos e costumes e a poder, acima de tudo decidir pelo seu futuro. Esses países, onde estão hoje? Em África sim senhor, mas cabalmente mais ricos com negócios chorundos, com a exploração de petróleo, extracção de madeiras exóticas, de diamantes e demais minérios, marfim, peles, pesca...Eles levam dinheiro para lá, sem dúvida. Não tanto quanto deveriam, mas ainda assim pagam bem. Defendiam independências de países que hoje vêm morrer pessoas sem casa, sem comida, doentes, sem roupa, onde miúdos morrem de difteria, de tubercolose, de FOME...onde crianças nascem e morrem sem terem tido um sorriso na sua curta e dramática passagem terrena...
É triste sim, ver que a partilha aconteceu em África, mas apenas bafejou as suas elites governamentais, enquanto que o resto, o resto caminha lentamente para o abismo que essas elites lhes prometera décadas antes tapar!!!

sábado, janeiro 26, 2008

Descrença no homem!

Sócrates e o Tratado Europeu, em artigo do "Expresso": «É essencial» - Outubro de 2004 «Desta vez tem de haver» - Dezembro de 2004 «Vai haver» - Fevereiro de 2005 «O Governo defende que a aprovação e ratificação do Tratado deve ser precedida de referendo popular» - Março de 2005 «Mantenho» - Dezembro de 2006

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Um Homem, uma causa, um País!

Foto propriedade de AIMP -
Aliança Internacional Monárquica Portuguesa.
Retirada de www.regicidio.org
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Fará no dia 1 de Fevereiro 100 anos do assassinato do rei D. Carlos.
D. Carlos foi um homem que deu tudo de si a um país que não lhe deu nada, a não ser uma morte precoce, inesperada e atroz. Uma morte vincada pela intolerância, pelo desconhecimento, pela barbárie. D. Carlos foi um homem de causas, mas sobretudo de uma: Portugal.
Quem não teme, não deve fazer-se prevalecer pelo uso da violência. Os republicanos de época, ligados aos carbonários, maçons e socialistas, assumiram a sua génese radical nascida dos ideias da Revolução Francesa e, não souberam esperar serenemente por o fim de um regime que, quiçá, poderia cair de caduco, senão mesmo apressá-lo sob os sinos do vil e injustificado derramamento de sangue.
Há quem diga que não saberemos lidar com o presente se não tivermos respeito pelo passado e tirado dele as devidas ilações.
Espero que este Portugal plural, pós 25 de Novembro e assumidamente de século XXI, saiba respeitar convicções de regime, diferentes das do republicano e, simultaneamente num plano de lição democrática, assinalar a morte de um estadista português, que não sendo republicano, não deixou de amar o seu povo e o seu país!

terça-feira, janeiro 22, 2008

Sr. Presidente, o que nos diz...

Não será um pedido moderado e honesto para com o distanciamento histórico já concretizado e pela existência de um Estado democrático, plural e respeitador das liberdades e direitos do Homem, em Portugal?

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Ele nem precisa de falar.

Ele é o ministro espanhol do Ambiente, entenda-se. Pode ficar calado que nem um rato, que o seu homólogo português trata de o defender estoicamente em campo adversário. Nem que todo o Portugal esteja contra Espanha ou, neste caso justificadamente, contra alguns abusos no respeito pelos caudais dos rios internacionais, denunciados por associações ambientalistas portuguesas.
A nossa relação com Espanha persiste em ser de subserviência, como aliás, se generaliza para com outros grandes da Europa. Outro caso flagrante foi o do retrocesso, já aqui também comentado, da quebra da promessa eleitoral de José Sócrates sobre um referendo ao tratado europeu.
C´est la vie... en Portugal!

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Um estrondo de cidade. Évora!

E não o é pelos melhores motivos. Na Tapada/Quinta da Vista Alegre, a minha antiga zona de residência, ocorreram duas inoportunas, violentas e mesmo trágicas explosões, originadas por fugas de gás propano que se expandiu pela rede de esgotos do cito bairro. Curiosamente este incidente, teve de tudo, mas muito pouco de acidente. Ora uma rede de gás tão antiga, quanto obsoleta quanto era esta localizada na Tapada, não permitia muitas benesses tais como apelidá-la de acidente.
A Gascan, empresa fornecedora do gás propano na cidade, já se declarou responsável pelos fatídicos incidentes e, prontamente aceitou indemnizar as pessoas afectadas por tal situação. Mas parece-me que eles não assumiram totalmente a sua responsabilidade. Vão ressarcir apenas as duas pessoas afectadas fisicamente com as explosões ou vão ressarcir as, cerca de 2500, que estão há cerca de 4 dias sem gás canalizado nas suas casas?
Pois me parece que as 2500 são um número bem menos simpático para quem quer fazer papel de pessoa de bem...
E, como disse atrás, apesar de já não ser morador do famigerado bairro, ainda resido em Évora e, temo que mais cedo ou mais tarde, também eu irei pagar essa factura...

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Uma voz lúcida

«Se outros países têm medo de dar a voz ao povo, nós não devíamos ter». Manuel Alegre em 10 de Janeiro de 2008, falando sobre a decisão do governo português ratificar o tratado de Lisboa via parlamento.

Nacionalismo vs. Patriotismo

«O patriota ama o seu povo e a sua nação, sem desprezar, nem deixar de compreender o vizinho.
O nacionalista é um cego, que não consegue ver além da sua fronteira, afundando-se num isolamento pernicioso e perigoso, com tendência para culpar os vizinhos de todos os males deste e do outro mundo.»
Estas definições foram redigidas pelo arquiduque Otto von Habsburg. Quem quiser ver o texto na íntegra, basta folhear o último número da revista Magazine grande informação.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Se tivesses ido ao notário...

como o teu colega de partido fez aquando das autárquicas em Montemor-o-Velho, em 2005, estavas bem tramado, ó Sócrates.
Quer dizer que agora a desculpa é que a promessa foi feita em relação à fracassada Constituição Europeia, segundo António Vitorino. Agora chama-se Tratado Constitucional e, portanto, estamos a falar em algo 180º oposto ao inicialmente defendido.

Então e a ingerência?

Não foi isto que o ministro da Defesa Nacional sublinhou ao embaixador Hoffman( representante do EUA em Portugal)? Aliás, passo a citar: «Expliquei-lhe o que é uma decisão soberana de um país soberano.» Isto é resultado da comunicação deste ministro de que o contigente português no Afeganistão iria ser reduzido. Portanto, o rebate do Hoffman foi uma crítica à iniciativa portuguesa. Entretanto parece que ontem o 1º-ministro da Eslovénia, Janez Jansa proferiu a seguinte frase: «Penso que não seria sensato realizar um referendo.» Esta afirmação, vinda do presidente em exercício da UE, parece-me mais um aviso, tipo conselho paternalista de que teremos mesmo que seguir a sua opinião, senão... E aqui não há ingerência? Ou esta deixa de o ser quando se diz algo que gostaríamos/necessitaríamos[o governo português, entenda-se] de ouvir?

segunda-feira, janeiro 07, 2008

domingo, janeiro 06, 2008

Nova brisa blogosférica.

Tive conhecimento por um amigo de longa data que, este voltara novamente a escrever na blogosfera. Faz as suas opiniões, comentários e discussões neste Taverna do Embuçado. Um espaço a solo, com opiniões muito sui generis, mas com tanta particularidade e convicções que, aguça a discussão de outros visitantes que aí queiram parar para reflectir um pouco.
Fará concerteza, parte das minhas leituras de 2008.
Bem-vindo meu amigo!!