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quinta-feira, maio 31, 2007

Vetusto CDS

Este antiquado CDS de que falo, centra-se na defesa da chamada Democracia-Cristã. Deixem-me aqui relembrar alguns pontos: *Estatutos ( revistos em 2006) São fins do Partido Popular: ... B) Propor para a sociedade portuguesa um modelo assente nos valores éticos, sociais e democráticos do humanismo personalista de inspiração cristã. ... F) Promover a formação cívica e o esclarecimento e doutrinação política dos cidadãos, difundindo o ideário democrata-cristão. Das 9 alíneas que constituem os fins do CDS-PP, existem 0 referências ao Liberalismo propalado pelas tais tendências . Repito! Não existe qualquer menção a essa tendência e/ou praxis ideológica. E mesmo nas origens, *Declaração de Princípios - 19 de Julho de 1974
...Abrindo-se a todos os democratas do centro-esquerda e do centro-direita que se sintam solidários nas tarefas que será necessário levar a cabo para a construção de tal sociedade;
É criado o Partido do Centro Democrático Social
Dos 5 pontos que norteiam esta declaração, saliento:
...3 - O CDS representa também, todosos portugueses que defendem uma nova concepção da iniciativa privada com base no aprofundamento da solidarieadade nacional e da fraternidade social.
...
3.2 - Porque combatemos todas as formas de concentração de poder susceptíveis de introduzir graves desequilíbrios na vida colectiva, pretendemos implantar novas formas de solidariedade nacional.
3.3 - ...Defendemos uma compreensão social da vida económica que conduza à protecção dos pequenos comerciantes, industriais e agricultores, estimulando ao máximo o seu associativismo de base, a criação de cooperativas de produção e distribuição e o necessário apoio dos poderes públicos.
Defendemos um sentido comunitário que permita entender a vida económica, não como um fim em si, em torno do qual gire toda a sociedade, mas como um meio ao serviço do homem que permita o trabalho, a expansão da personalidade, a solidariedade no progresso social e o acesso generalizado e individual à propriedade.
Defendemos uma política económica que não conduza à criação de um neo-capitalismo materialista como substituto de um capitalismo liberal que nem seuqer chegou autenticamente a existir no país.
Apesar dos 32 anos que separam estes dois documentos, parece-me existir alguma sintonia no discurso elaborado em tempos tão díspares. não creio, ao invés, ser coerente a posição, dos tão em voga, liberais do CDS.
Que queiram um Partido Popular Liberal, parece-me aceitável, legítimo, de direito. Agora pretenderem fazê-lo impondo a sua vontade, onde verificamos( na teoria e no campo da redacção acabámos de o verificar e, mesmo no campo prático, parece-me um pouco óbvio) a oposta, tentando à viva força apresentarem reinvidicações como indissociáveis da matriz histórico-política de um partido conservador como é o CDS, já me parece abusivo!!
Admito que seja mais fácil modificar um partido consoante determinados interesses pesosais e políticos, do que fazer vingar um recém-criado sem história e máquina que o sustente, mas não poderá valer tudo em política.
Pelo menos assim penso eu...

Fugas

Outro dia arrisquei "pular a cerca". Fui até à ala liberal do CDS.

sábado, maio 26, 2007

Galiza e o Português

Partilhemos com os nossos "nuestros hermanos" uma língua quase comum...
Não podia concordar mais com o conteúdo desta notícia. Há quem tenha amor pela romântica e apaixonante língua portuguesa!

quinta-feira, maio 24, 2007

Megalitismo Alentejano

Os meus sinceros parabéns a um grupo de interesssados sobre o megalitismo alentejano, que se juntaram e criaram o GEMA - Grupo de Estudos do Megalistismo Alentejano. A eles a devida vénia pela incessante demonstração de trabalho, gosto e estudo por algo que, infelizmente não tem granjeado tanto apoio por parte od poder central e de demais agentes culturais.
Continuem!!

Programa Tauromáquico Évora 2007

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quarta-feira, maio 23, 2007

Sociedade Pós-Moderna e Aborto

Tem sido este um dos temas mais quentes e debatidos nas "clases" de Tendencias Historiograficas II, na Autónoma de Madrid.
Vimos outro dia a "película" Ararat para iniciarmos o debate sobre o fim da História. Um conceito polémico e fracturante retomado por Francis Fukuyama nos finais do séc. XX, após uma ideia original de Hegel.
Entretanto o meu professor, pessoa puritanamente de esquerda, falava "à boca cheia" de que o Capitalismo e estas democracias liberais trouxeram um exarcebamento do Indivíduo, muitas vezes roçando o puro Egoísmo, facto este que podemos constatar diariamente, quotidianamente neste mundo pós-moderno. Ao que achei interessante questioná-lo então se a permissividade e o próprio abolicionismo do aborto enquanto acto ilícito poderia ser também assim entendido, como resultado de um crescente egoísmo e sobrevalorização do Eu nestas sociedades pós-modernas.
Resposta que obtive...prefiro antes dizer-vos que há perguntas que não se fazem!! E até já tenho idade para saber isso.
Depois tiro outra ilação do que presenciei, a Esquerda vê a dialéctica em torno do aborto como um forma de libertação dos mais oprimidos sobre os pseudo-moralismos das elites, nunca pensou isso sobre a perspectiva de esta ser mais uma consequência "nefasta" do Capitalismo puro e duro que declara e impõe uma mão cheia de direitos, omitindo tantas vezes deveres.
Ou seja, aquilo que poderia ter sido um cavalo de batalha da Esquerda, foi antes, outra assunção do que o Capitalismo venceu antes qualquer outra possibilidade e/ou ideologia remanescente.
Dito isto, cada vez acredito mais na Democracia-Cristã como uma 3ª via ao Socialismo e ao Capitalismo, permitindo que vença este último na lógica económica, mas que o 1º tenha uma palavra a dizer no campo social e da regulação daquilo que consideramos excessos de uma sociedade de consumo.

segunda-feira, maio 14, 2007

Portugueses vs. Espanhóis

«...Dum lado, um povo orgulhoso e exaltado, pronto para todos os sacrifícios e para todas as violências que lhe inspirará a preocupação da dignidade; do outro lado, mais melancolia e mais indecisão, mais sensibilidade ao encanto das mulheres e das crianças, uma humanidade verdadeira onde se reconhece um dos tesouros mais preciosos do património da nossa velha Europa ocidental» (Pierre Birot)

segunda-feira, maio 07, 2007

Ver para Crer!

Cortesia de Wikipédia

Como São Tomé. É no mínimo, a postura a ter com este Ministério da Agricultura. Em teoria, esta é a posição que um ministério de um país deve ter para com os seus cidadãos: defender os seus interesses e estimular a economia nacional através da produção doméstica. Ora bem! Parece-me que esta proposta do Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural de querer isenção de ISP para biocombustíveis com produtos nacionais, é um passo nesse sentido. Diz o ministério que o objectivo da implementação desta medida é estimular o desenvolvimento de culturas energéticas. Veremos novos desenvolvimentos destas notícias...?

sexta-feira, maio 04, 2007

quarta-feira, maio 02, 2007

Estados-Nação vs Prudência

Se há alguma ilação que tiro, com minha estadia em Espanha, sobre pressupostos políticos-ideológicos dos partidos do bloco central espanhol é de que, se existe uma tentação pelo pequeno rectângulo oeste da Península Ibérica por parte de "nuestros hermanos", ele é orquestrado inquestionavelmente pelo PSOE. Este seria um brinde para o grande grupo maçónico ibérico que, para além de dessa forma dar seguimento a uma matriz internacionalista da componente socialista da maioria dos seus membros, poderia achar-se no legítimo direito de reinvidicar "a posteriori" uma Ibéria Republicana. O PP de Aznar e também o de Rajoy, não obstante ter essa vontade interior, como se tratasse de algo inato e endógeno ao ser espanhol, é mais prudente e tem a mais pura noção que, a acontecer um dia uma nova agregação de Portugal à Vieja España, este poderia ser o princípio do fim da sua nacionalidade e identidade. Talvez por terem presente a história recente das relações político-diplomáticas Portugal-Espanha e estarem recordados de que no 1 de Dezembro de 1640, o fim de Espanha esteve muito próximo, antecipando o ressurgimento de Castela, avulsa e só!! As revoltas da Catalunha que surgiram a reboque da guerra Portugal-Espanha, estiveram quase, quase a viabilizar uma aspiração que os catalães tanto almejam desde tempos mais egrégios.
O PP espanhol entende que é bem mais proveitoso ter "um pássaro na mão que dois a voar" e por isso, ainda que, tenha no seu seio saltitantes anseios nacionalistas e que, em cada um popular espanhol exista quase sempre um frémito de esperança, quase inato, sobre a dominação total da Ibéria diluindo a soberania portuguesas em mais uma região autonómica espanhola, sabe que este é um risco demasiado elevado, que não devidamente salvaguardado poderia inclusivé ser mesmo o fim da Espanha como a vemos actualmente. Aquela gostosa manta de retalhos que sempre soube esconder a existência de um Estado-Nação à sua beira!
Por isso também gosto mais do PP espanhol do que o PSOE, não apenas por este permitir que ainda fale português num país chamado Portugal, mas sobretudo porque este tem o discernimento de saber ler e aprender com a História, de forma a evitar erros cometidos anteriormente! Ainda há quem queira tirar lições da História...
Inquitações pessoais, teorias da conspiração, inusitadas questões....!!
Quizás, quizás!!!!

terça-feira, maio 01, 2007