«Segundo o Relatório Warnock...poder-se-ia dispor do embrião humano para fins experimentais até ao décimo quarto dia depois da concepção. dando-se claramente a entender que, até essa data, não é reconhecido o carácter humano do embrião ou que, pelo menos este está subordinado à vida do adulto.
...Em 1984, a Comissão Waller, na Austrália, repetiu "não mais do que catorze dias", porque depois desse estádio forma-se a linha primitiva e a diferenciação do embrião torna-se evidente.
...O aparecimento da placa neural é o sinal de que se formou e começou a existir apenas um em-brião propriamente dito e um indivíduo humano. Antes deste estádio não teria significado falar da presença de um verdadeiro ser humano em sentido ontológico.»
Excertos tirados da obra "Aborto - o ponto de vista ético" de Elio Sgreccia.
Estes pequenos fragmentos desta obra falam de períodos antecedentes ao que se pretende despenalizar em Portugal. Então porque os norte-americanos, australianos e italianos não penalizam o aborto?
O facto de existir quem não cumpre, ou não segue aquilo que está provado, não significa que nós estejamos atrasados na nossa caminhada pela evolução, dignidade e respeito pela raça humana. Ainda que faça aqui a ressalva de que muitos estados norte-americanos penalizam o aborto, bem como em Itália, já no final de 2007, organizaram-se manifestações pró-vida para revogar a lei abortocionista que ainda vigora. Na Austrália a lei também varia de estado para estado e, mesmo nos mais liberais, a mulher terá sempre que ter motivos de ordem social, económica ou médica para o fazer, ainda que terá que fazer-se acompanhar de um relatório médico a corroborar esses motivos.
Em Portugal estamos em via de despenalizarmos o aborto em qualquer circunstância, sem qualquer impedimento, sob qualquer pretexto.
É o Capitalismo e as suas consequências no seu melhor!!
Preocupa-nos mais a sua incoerência ou a nossa razão enquanto sociedade solidária, digna de receber os nossos congéneres?
Ainda que existissem muitas dúvidas sobre o que é vida ou não é vida, a dúvida beneficia o ser que está a ser julgado, ou seja o feto. pois este é que será o maior prejudicado pela acção a empreender.! Lá está a máxima de até prova em contrário é inocente.
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