Por entender que Inês de Medeiros, após as recentes e escandalosas polémicas em torno das subvenções que recebe da AR para efectuar as suas viagens semanais até Paris, sua cidade de residência, ainda pode ter uma saída airosa e minimamente digna, assino a petição: Pela renúncia de Inês de Medeiros do cargo de deputada , entendendo que enquanto cidadão, lhe dou uma indicação sobre o que acho que é a sua saída para uma situação embaraçosa, mas por si criada. A ela competirá tirar as devidas ilações sobre a exploração e quantidade de notícias que esta matéria mereceu por parte dos órgãos de comunicação social e dos já cerca de 8690 assinantes da citada petição (à data que escrevo este artigo). Os políticos são eleitos pelo povo e é ele quem devem ouvir, respeitar e defender, pois a política deveria er vista como uma arte de entrega à causa do serviço público e não como uma forma de obtenção de lucros, proveitos próprios e deferências e solenidades sumptuárias, neste caso desfasadas dum país pobre e sem rumo. Se resta um pingo de honra a Inês de Medeiros que concorreu, para que todos saibam, a deputada à AR pelo círculo eleitoral de Lisboa , esta deveria sair pelo seu próprio pé, evitando mais embaraços ao Partido Socialista em especial, mas à classe política em geral. Num momento em que Portugal atravessa um dos seus piores momentos pós 25 de Abril, sob a batuta dum PS que pede sacrifícios à população portuguesa, ainda temos que assistir ao desplante de, no meio de tanto infortúnio, sacrifício e descrença pagar viagens a uma deputada portuguesa que, se gostasse tanto do seu país, era cá que estaria a defendê-lo, não vivendo a 1815kms de distância...os líderes, tal como os comandantes das suas tropas são os primeiros a dar o exemplo e são quem vai à frente do pelotão, assim como os capitães dos navios são sempre os últimos a abandoná-lo...mas actos desta bravura e verticalidade são uma epifânia em Portugal!! Mas depois todos ficam revoltados, incrédulos e indignados com o facto dos portugueses votarem em Salazar como o melhor português...talvez a arrogância e petulância de Inês de Medeiros bem evidenciada nesta breve expressão «Eu é que não as pago.» , ajude a compreender este tipo de considerações de valor!!
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