Outro dia tive o gosto de ler uma crónica de um extremoso eborense, de nome Joaquim Palminha da Silva, publicada num jornal pouco referenciado, mas que por vezes me cativa com artigos de opinião bem estimulantes. É esse jornal "A Defesa" e publicou um artigo da autoria do já citado autor, intitulado "Inelutável declínio?". Escreve Joaquim Palminha da Silva que a Europa vive tempos de declínio e de decadência instruídos pela progressiva perda de fé entre as sociedades contemporâneas.
Fala numa Europa incapaz de fazer face à depressão demográfica, de adiar sucessivamente a recuperação económica, de ser irrelevante no contexto diplomático internacional, face aos jogos político-diplomáticos norte-americanos e às emergentes nações asiáticas. Mas mais grave! Parece ser incapaz de assumir as suas origens e, daí decorre que não consegue tomar posições, sob medo de ferir susceptibilidades. Considera que a Europa, por ventura, não crê em nada.
E lembra o que Raymond Aron dizia sobre a Europa(decadente): "Ignoro o futuro...Quem viveu no tempo de Hitler ou de Estaline sabe que o pior é sempre possível; conservar a fé é acreditar que ele nem sempre é certo".
Ficam uns tópicos para reflexão, deixados por este Grande Eborense!!
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