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quarta-feira, setembro 08, 2010

Pela Festa Brava

É assim que se apelida uma recente petição que se encontra a circular por toda a rede, na tentativa de fazer chegar a um maior número possível de portugueses a necessidade de defender o direito a uma tradição há muito impregnada por Portugal, naturalmente com nuances regionais no fervilhar dessa paixão. A ideia é fazer crer aos nossos representantes na AR que esta prática assenta em tradição histórica e cultura imaterial de Portugal, pelo que deveria ser respeitada, não obstante existirem portugueses que não sejam propriamente adeptos da mesma. A democracia rege-se pelo respeito de opinões, valorizada pela supramacia das maiorias em detrimento de opiniões que, apesar de valoráveis, são minoritárias. Não acredito que a maioria dos portugueses esteja contra esta prática ancestral.
De qualquer forma, qualquer aficionado da Festa Brava não deverá ficar alheio a esta quase "disputa" peticionária entre opiniões divergentes, pelo que incito um verdadeiro apaixonado pela tauromaquia a subscrever esta petição, da autoria de Moita Flores, um alentejano indeflectível na preservação da sua Cultura.

3 comentários:

  1. li o artigo e francamente não gostei, muitas comparações desequilibradas e descontextualizadas. Decerto que não será por não ter capacidade de assistir a TODAS as injustiças, que abdicarei de uma postura firme relativamente a UMA situação injusta.
    As sociedades sempre evoluíram com mudanças mais ou menos radicais, faz parte.

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  2. Má onda, Fred!
    Subscrevo as palavras da Raquel.
    Definitivamente, TOURADAS NÃO!

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  3. Não sei se conhecerei algum dos comentadores acima, no entanto não hesitarei em tecer algumas considerações.
    Primeiro gostaria de questionar se os comentadores Raquel e Manuel são alentejanos ou ribatejanos?
    Se forem ou se pelo menos residem no Alentejo há algum tempo, admitirão que a festa da tauromaquia é algo que se vive intensamente nessas regiões, sempre ela associada aos períodos festivos de qualquer povoação. Não será certamente desgarrada esta associação do festival taurino aos eventos festivos de qualquer povoação e aldeia alentejanas, por exemplo. Um alentejano vive muitas vezes trabalhando um ano inteiro, tendo apenas como seu escape, como período de descontração as festas da sua terra. Sendo que ele e todos os emigrantes que retornam até Portugal no Verão, ansiam vigorosamente pelas festas da sua terra e, ocncretamente pelo dia da corrida de touros anual. Tirar esse precioso e ancestral bem a uma população que viveu sempre lado a lado com a Natureza e com a Festa Brava, é de uma tremenda injustiça como anti-democrático pelo desrespeito que perpetua perante uma população. Assim como assim, ainda prefiro que se façam referendos locais/municipais questionando os municípes se desejam ou não que o seu concelho seja anti-tourada!! Acho, no minímo, um medida mais justa e respeitadora das vontades colectivas.
    De qualquer forma, qualquer pessoa que ocnheça minimamente bem o nosso meio-ambiente sabe que não existem grandes mamíferos vivendo em estaod selvagem. Quiçá os maiores que tenhamos em Portugal serão os javalis e os lobos! A urbanização avassaladora do país, a divisão urbana de imóveis rústicos, o parcelamento de propriedades, com o parqueamento e cerca dos mesmos, bem como a massiva rede ferro-rodoviária, limitam os habitats dessas mesmas espécies. Com isto quero dizer que se terminarem as corridas de touros e todas as restantes actividades tauromáquicas, o touro bravo deixa de ter rentabilidade, logo acabará por perigar a sua extinção...
    Apesar deste argumento, aquele que prefiro empregar é sem dúvida alguma o cultural e vivencial, passando de gerações em gerações, dando um élan etnológico e até sociológico às actividades taurinas.
    Raquel, quanto às mudanças mais ou menos radicais, prefiro sempre as mudanças pacíficas, concertadas e colectivas. Sendo de história por formação, não me posso esquecer dos radicalismos da 1ª República e das vicissitudes que daí advieram, com uma bem-vinda, em 1932 a um dos maiores ditadores que Portugal teve na sua longa história.

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