Vá lá senhora, interpretada pela banda Os Golpes, com presença do saudoso Rui Pregal da Cunha.
«Vá lá senhora [A Portuguesa], chegou a hora.
Vá lá senhora, chegou a hora de escolher o seu par[ o Destino].
De escolher o seu par. Alguém[ Arautos da mudança] para amar. Alguém para a amar.
Vá lá senhora, a hora é pouca[o aperto é grande].
Vá lá senhora, que o tempo esgota[brotam PEC´s]. Vá escolher o seu par.
Vá escolher o seu par. Alguém para amar. Alguém para a amar.
O sofrimento agonizante[desemprego, pobreza, desesperança], sob o pavimento da escuridão[Sócrates & c.ª].
Raparigas e rapazes[Geração à Rasca], monumentos tão audazes[confiantes na vitória].
Há azul na tua mão[redigindo as premissas de uma nova sociedade]. Sangue inocente[candura e ingenuidade políticas], palpitação.
Alegria, tradição, euforia, excitação[exaltados com tamanha responsabilidade], para escolher o seu par.
Para escolher o seu par. Alguém para amar. Alguém para a amar.»
Visto que a Geração à Rasca tinha o hino Que parva que sou dos Deolinda, parece-me que o novo movimento, designado de Movimento 12 de Março também pode incorporar um grito de revolta, um toque a rebate, desta vez com menos autocomiseração e mais auto-estima! Dada a actualidade, lembrei-me de outro autor nacional que, pese embora não tenha elaborado a música para a causa vigente, traz certamente uma mensagem subliminar nas suas entrelinhas, como se pode ver, aliás pelos parentesis. O Vá lá Senhora de Os Golpes encarna perfeitamente no símbolo da nossa República, A Portuguesa, ávida de mudança e de novas e certeiras escolhas para o Futuro.
O momento actual, não me dissocia da mesma temática, independentemente do que oiça, veja ou leia...ainda assim, aproveitem o som, que vale apena.
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