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sábado, dezembro 24, 2011

Reflexão no Natal sobre a Vida (Humana)


Há imagens que marcam e há momentos que nos inspiram. Este Natal lembrei- me de também homenagear causas e pessoas com as quais me solidarizo há já muito tempo. Recentemente de uma mãe que já fez muito pela vida e inclusivamente abdicou de muito da sua adolescência e juventude para poder dar à luz um filho,  recebi uma mensagem electrónica que trazia esta marcante fotografia. Ao ler passo a passo a informação que estava contida nesta simples imagem, fui-.me tocando pela sua mensagem. 
A escultura tentou reproduzir a ideia do arrependimento de uma mãe que aborta e do seu filho perdoando-a ainda assim pela sua atitude. A ideia destas jovens mães era a de alertar a sociedade eslovaca para o valor´inquestionável e inviolável da Vida Humana e, simultaneamente das graves consequências que este acto pode ter nas sua vida física e psicológica futura.
Quando assisto na televisão e em restantes órgãos de comunicação social a algumas campanhas cívicas em prol da defesa dos animais, arrepio-me, não por as achar irrelevantes, mas por sentir que a ordem de prioridades da nossa sociedade poderá estar um pouco distorcida. Noto que hoje em dia os jovens facilmente aderem a causas pró animais, anti-touradas, mas com muitas reservas se sentem impelidos a tomar partido pela causa da Vida Humana. Chocam-se facilmente por farpas espetadas no dorço de um animal de 600kgs, mas permanecem indiferentes ao terminar de uma vida intra-uterina de algumas gramas...Sinto-me até um pouco envergonhado por viver numa sociedade que hoje em dia, por exemplo já gasta mais em animais do que em bébés, como tão bem ironiza o cronista e jornalista João Miguel Tavares em «Cães como nós»

Ilustração de José Carlos Fernandes

Sei que o o pedido que faço pode parece inusitado ou até utópico numa sociedade embriagada pelo consumismo, exalando uma certa  plasticidade dos valores que nos deveriam valer para encararmos o futuro com mais objectividade, optimismo, mas sobretudo com dignidade, no entanto ainda acredito que há portugueses que em períodos festivos, também sabem deles fazer bons momentos de reflexão e ponderação, avivando o essencial do dia que celebramos e dos valores e sentimentos que nos deveriam guiar. Por isso, e por entender que não devemos ter todos uma vida de cão e que nem sempre os caminhos mais fáceis são aqueles mais recompensadores e dignificantes, podemos aproveitar para elevarmos este momento natalício a algo mais espirítual!!
Boas Festas.

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