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sexta-feira, setembro 14, 2012

Este país não é para cobardes

 Mário Soares, em plena revolução de Abril estava "emigrado" em Paris, e hoje, quando uma jovem precária e desesperada geração tenta, sem meios, sem conhecimento, sem organização, forjar uma nova revolução, Soares, diz que é solidário e não fora ter um compromisso importante e estaria ao seu lado para lutar contra tanta injustiça e tanta austeridade. Este é mais um dos pretensos heróis que apenas aparece quando a revolução já se desenhou e afastou os perigos da frente. Mário Soares, apesar de decano mantém o seu carácter de cobarde e de alienado perante a sociedade que diz defender. Outra figura política, de nome Nogueira Leite, diz que se "pira" daqui assim que o Governo aperte mais com a sua mesada da CGD. Antes tinham sido Durão Barroso e Guterres a afastarem-se do poder quando o povo desolado olhava para o lado na tentativa de descortinar que alternativa haveria para mais uma crise política. É esta a estirpe da classe política nacional do pós 25 de Abril. Todas as dezenas de ministros, secretários de estado, deputados, assessores  e demias administradores públicos que passaram pelo poder e dele abusaram, só o fizeram porque demorámos tempo de mais a acordar e a tirar os pés imundos de cima da nossa cabeça. Está na hora da nossa redenção, do nosso comprometimento total e incondicional por Portugal. Mas para isso, livremo-nos dos partidos e dos movimentos que dissimuladamente tentam aproveitar-se do fulgor do momento na ânsia de conquistarem o que não lhes pertence: a nossa liberdade e a nossa vontade. Há por aí movimentos que se dizem apartidários mas todos nós sabemos donde vêm e para onde vão. Sabemos qual é a sua agenda, onde se colocam no quadrante político-partidário nacional e por isso devemos evitar cair novamente nessa esparrela. A revoluçaõ social está aí e o processo já é inevitável.
Se há virtude que o actual Governo trouxe para o país é a absoluta unanimidade em torno da necessidade de mudança do desenho político-partidário. Urge mudarmos, urge integrarmo-nos novamente em movimentos políticos e cívicos que tragam nova substância, credibilidade, e esperança para o futuro do país, mas sobretudo que realizem uma Primavera Social onde caibam todos, desde que a cobardia de ousar ser mais Portugal fique à nossa porta. Na rua só há espaço para a força da convicção, para o reconhecimento do passado e para a audácia no futuro. Doravante o conceito casa passa a ter uma dimensão geográfica e política que nunca tivera no passado, vivida por uma imensa multidão solidária, empenhada e esperançada na definitiva mudança. Aspiramos a terminar definitivamente com as hordas de políticos castradores da nossa capacidade de sonhar, coarctando desde cedo a nossa iniciativa, o nosso empenho e o amor por Portugal. Doravante serão eles que se acanharão perante o frémito de mudança e de responsabilidade que tomaremos sobre Portugal. Alheámo-nos é certo, mas de hoje em diante cada político estará avisado de quanto pode e deve fazer pelos seus cidadãos. Acabou a disciplina de voto, acabaram-se as promessas vãs de lugares, de remunerações, de amizades circustanciais, de impunidades, de inconsequência, de ignorância e incompetência. Estes partidos devem deixar o espaço necessário para que a sociedade civil possa desempenhar o seu dever de honrar o pais e de dar futuro aos portugueses, coisa que em 38 anos de ilusória democracia nunca se almejou conquistar. Se sempre foram cobardes, fujam que é hora, fujam que este país não é [mais] para cobardes.

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