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terça-feira, setembro 11, 2012

Um partido manietado, um pais suspenso.

Hoje tivemos, nós portugueses, o privilégio de ouvir umas palavras do exmo. sr. Ministro dos Negócio Estrangeiros, dr. Paulo Portas sobre um novo pacote de medidas de austeridade. Disse exmo. senhor que é além de Ministro dos Negócios Estrangeiros, é Ministro de Estado e líder do 2º partido da coligação, vulgo CDS-PP. Disse que vai ouvir os órgãos do partido, ponto. Mas pergunto eu na minha mais santa ingenuidade, a perguntar não devia ter sido antes da tomada de posição pública do Governo para melhor garantir a estabilidade da governação? Ou sabe de antemão que os respectivos representantes da Comissão Política Nacional e Conselho Nacional são favoráveis? Admito que a uma substancial maioria dos membros da CPN e do CN do partido vivam directamente do facto do CDS estar no poder, seja como deputados, assessores, representantes de empresas públicas, etc, mas será isso suficiente, para que abdiquem das mais básicas noções de solidariedade e de coerência perante os portugueses e votem favoravelmente este pacote explosivo de ataque à sobrevivência dos cidadãos portugueses? Será que na hora de decidirem entre os portugueses amarfalhados por entre dívidas, impostos e incertezas, optarão por um simples gesto de atenção para com eles, ou resignarão ao óbvio pela manutenção das suas mordomias, luxos e ordenados? Quero crer que decidirão em consciência pelo respeito da dignidade humana, pois é precisamente o que está aqui em causa e que demonstrarão a Portas que este terá de ser mais criterioso nas relações da coligação, terá de ser mais presente perante os portugueses, terá de ser mais cúmplice de quem o elegeu, no partido e no país. O país está suspenso e um partido manietado, mas para o bem da causa pública, deve o CDS saber tomar o seu verdadeiro lugar nesta governação e ser fiel aos seus principíos ideológicos e ainda mais ao programa eleitoral que o levou ao poder. Tenho fé, muita fé, porque cada vez mais a política e o destino do país,  já não passam de profissões de fé.
 

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