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sexta-feira, junho 05, 2009

Europa para quê e para quem?

Coloco esta questão, quiçá tola, mas que me assola nos tempos que correm.
Pergunto quais são os benefícios que os portugueses usufruem com a sua integração na UE, quando:
os fundos comunitários vêm tarde e a más horas, muitas vezes voltam para trás (com a devida vénia para o excelentíssimo ministro Jaime Silva, o "titanic" da agricultura nacional depois do 25 de Abril) e quando são empregues, muitas vezes são desadequada e inoportunamente, mas não dizer simplesmente de forma errática!!
A UE impõe-nos quotas para o leite, para captura de peixe, culturas arvenses....geralmente em função das necessidades produtivas dos nossos não apenas colegas, mas sobretudo concorrentes Itália, Grécia, Espanha e França. Isto é um contra-senso numa lógica de mercado aberto, para já não falar no facto de nos pagarem paranão produzir, isto é irracional e até hipócrita!!
Temos 22 deputados de 5 em 5 anos que nada fazem pela defesa dos interesses nacionais na Europa(salvo aqui os eurodeputados Ilda Figueiredo e Ribeiro e Castro)!!
Nunca fomos tidos, nem achados nas questões essenciais da UE. Alguém nos perguntou se queríamos aderir à CEE em 1987? Alguém nos peguntou se queríamos assinar o Tratado de Maastricht ou pertencer à União Monetária ou aceitar o Acordo de Schegen ou, recentemente promulgar o Tratado de Lisboa? Isto é democracia? Se os políticos estão convictos do europeísmo dos portugueses porque não os deixam legitimar as suas propostas?~
Uma das premissas fundamentais que nos levou a aderir à então CEE foi a questão económico-social nacional à época e a esperança num desenvolvimento sustentável acompanhado da dissipação de assimetrias regionais europeias. Pergunto isso aconteceu? Já não somos 15, mas sim 27 e somos eternamente últimos. Ao assistir à campanha espanhola para estas eleições soube que Portugal é, por exemplo o país que menos investe no apoio social em toda a UE a 27.
Neste momento temos directivas europeias que transcendem as normativas nacionais do ponto de vista legislativo. E isso melhorou as nossas performances? Dou como exemplo as questões ambientais e da concorrência económica para demonstrar que de nada vale termos exigências supra-nacionais porque os sucessivos governos nacionais prevaricam constantemente e insensatamente!!!
Na verdade os políticos portugueses nãoi querem saber da Europa para Portugal. Agora, ao mesmo tempo, parece claro que, se a Europa lhes puder trazer alguns benefícios, isso já é outra estória.
PS: A associação deste último raciocínio com a reeleição de Durão Barroso e com o aumento dos salários dos eurodeputados, é pura coincidência.

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