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quinta-feira, janeiro 07, 2010

(Falta de ) Água em Évora - 1 realidade, 2 versões

Depois de anteontem ter sido avisado por uma familiar que trabalha numa unidade hoteleira da cidade que o abastecimento público de água fora cortado por tempo indeterminado, lamento o facto de existirem sempre duas versões da mesma estória. Passo a explicar, para além da Câmara Municipal de Évora ter ficado mal na fotografia pelo facto de não ter antecipadamente avisado os seus municípes, esta, sucumbindo quiçá à pressão da imprensa e do corroer da sua imagem pública, antecipou para os órgãos de comunicação social o reabastecimento da rede pública de água. E digo isto baseado nos noticiários de rádios que ouvi pelas 17h.00 de ontem que garantiam, via fonte oficial (vulgo CME) que o abastecimento tinha sido reposto. No entanto, espantado com tanta demora em ter esse precioso bem em minha casa, ligo para a Protecção Civil Municipal, às 19.h15m, perguntando pela estranheza não ter água na minha rede doméstica, e a resposta que me foi dada do outro lado do auscultador foi que o serviço apenas tinha sido reposto à cerca de 15m, pelo que ainda demoraria algum tempo até chegar aos lares de todos os eborenses, uns mais tardiamente que outros, em função da localização das suas residências, prolongando-se esta reposição até esta madrugada. Ou seja, entre a versão oficial e a oficiosa vão 2 horas de desfasamento. Lamento a desonestidade da Câmara Municipal de Évora nestes dois aspectos:
1º - Não ter avisado antecipadamente os municípes do que iria ocorrer;
2º - De sucumbindo eventualmente à pressão da opinião pública, antecipou inusitadamente a noticía da reposição da rede pública de água na cidade.

Assalta-me uma questão! Se a Câmara Municipal de Évora sabia deste crónico problema que o próprio executivo socialista já tinha criticada no início da década de 90, aquando do fatídico problema do alumínio na rede pública e da tragédia dos hemodializados, porque nada fez quando já vai no seu 3º mandato?

Não têm sido realizados estudos sobre a qualidade da água do Monte Novo, da criação de alternativas em situações limite, da propria monitorização da rede pública?

Se o executivo camarário falha em toda a linha numa questão que é crucial para o quotidiano de uma cidade, que se resume a uma infra-estrutura básica, que confiança podem ter os seus municípes em outras questões e/ou projectos aventados em campanha eleitoral?

Sinceramente este episódio roçou a incompetência, "indirecta" do presidente, mas directa dos serviços camarários competentes. Alguém deveria ser responsabilizado pelos milhares de prejuízos que esta falha terá causado na economia local no dia de ontem.
Mas certamente que mais uma vez os lesados não serão resssercidos dos seus danos, bem como os responsáveis penalizados pelos seus actos...afinal, estamos em Portugal!!

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