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segunda-feira, outubro 25, 2010

FMI em Portugal - uma solução adiada

Tivemos em Portugal a intervenção do Fundo Monetário Internacional em duas ocasiões. Uma em 1977 e outra em 1983. Em ambos os casos este organismo interveio no país por este não conseguir obter crédito e empréstimos externos para executar as suas dívidas correntes, caindo dessa forma na bancarrota. Simplificando o discurso, o FMI interveio nestas duas ocasiões em Portugal por este país se encontrar no estado a que agora chegámos. Ou seja, mais cedo ou mais tarde ele voltará a dirigir-nos as finanças e a obrigar os portugueses a novas medidas restritivas social e economicamente. Mas a questão principal que deverá ser colocada é se esta vinda será decisiva e definitiva para salvar as contas públicas portuguesas??
Decisivamente não. E porquê? Porque Portugal aquando da 1ª intervenção do FMI, através dos seus generosos, dotados e empreendedores políticos/governantes fez um trabalho tão brilhante que este organismo, passados 6 anos estava cá novamente. E, suponho que no meio disto, haverá a argumentação que desde a última vez que o FMI cá esteve a a actualidade, já decorreram 27 anos. Pois é!! Mas não nos podemos esquecer que tínhamos entrado para a então CEE em 1986 e vinha dinheiro a rodos que serviu para tapar esses buracos. Além disso, não é qualquer país que se pode orgulhar de já ter tido o FMI por 2 vezes no seu caminho, com fortes probalidades de vir aí uma terceira incursão.
E agora nem temos políticos melhores, nem mais dinheiro para tapar esses "pequenos buracos" que quem nos governa teima em abrir nas finanças públicas, ou seja, mudamos por nossa iniciativa, portugueses, ou teremos indefinidamente um futuro adiado!!! Podemos até ter que nos acostumar a gerir a despesa de forma mais eficaz e rigorosa à boa maneira germânica, no entanto para tal é fundamental mesmo ter quem execute sabiamente essa obrigatoriadade, esse desígnio nacional. Para isso, a opção a tomar parte pela dignificação da classe política portuguesa e, pela formação de uma elite intelectual activa e com força na opinião pública nacional. Julgo que com estas premissas o futuro deste país inacabado, ficaria mais perto do horizonte.

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