Mensagens populares

domingo, outubro 17, 2010

IV República

Já não é com militares que vamos lá. Teremos que ser nós a lutar!!
O país so terá futuro com as gerações mais velhas a deixarem de acreditar que a geração das proprinas e das pga´s não era a geração rasca. Pois, na verdade, é essa a amorfa classe que vai vivendo alienada, como que incólume a esta convulsão social e degradação política, quando ao invés, era quem teria de rasgar o actual fado de que temos padecido.Não são os lutadores de Abril que terão que fazer a nova República. Esses já tiveram as suas conquistas. Nós, apesar de educados numa sociedade da oferta, do consumo e do facilitismo, temos que saber dar valor à vida, às dificuldades e ultrapassá-las com sabedoria e empenho. Temos que ser nós a mostrar que não somos as ovelhas obedientes e estupidificantes que os vários governos nos quiseram formar e que temos capacidade, tenacidade e sobretudo desejo de tomar o rumo deste país chamado Portugal. Quando Homem sonha, a obra nasce, já dizia o poeta...pois então sonhemos poder mudar o destino desta nossa pátria, não fiquemos sentados no sofá a ver na TV o que se passa lá fora...já chega de conformismo!!! Estou optimista porque sei que este caduco regime irá cair de podre... mas a maioria dos portugueses não poderá ficar à espera que ele cai, quando sabe que está preso por um fio na árvore!! A IV República é cada vez mais uma realidade e os portugueses começarão a querer fazer parte dessa mudança e a desejar ser protagonistas dessa mesma obra. Deixarão de se limitar às críticas na imprensa, no café, nos blogues, nas redes sociais, e passarão a outra fase, da acção, da reposição da liberdade e da democracia em Portugal. Já constatámos que, não obstante décadas de denúncias de corrupção, de escândalos, de promiscuidades entre o poder político e o poder económico, esses sectores não alteraram o seu comportamento, passando um atestado de incompetência aos portugueses que se alienaram à indignação perante tais actos. Como se não bastasse, ainda nos pretendem mais ordeiros e menos expeditos, dando-nos o rebuçado da educação, formação e habilitação com programas a la carte tipo Novas Oportunidades. Mas enganam-se aqueles que confiaram que a geração que designaram de rasca e individualista, à semelhança das gerações mais novas da sociedade ocidental, ficaria impávida a aguardar pela delapidação do país. 800 anos de história e muito sofrimento permeio, dão um enorme poder de encaixe, mas simultaneamente capacidade de intervenção in extremis, para resgatar o país das trevas em que episodicamente algumas elites o teimam colocar.
Não haverá um revolução de Esquerda ou de Direita, haverá sim uma Unidade Nacional na contestação pela Dignidade de Portugal e pela Esperança no seu Futuro. Esse argumento é muito mais forte do que tudo aquilo que separa activistas políticos e todas as corporações/associações/instituições que se vêm agora, mais que nunca ameaçadas pelo sufoco financeiro e institucional em que este Governo nos colocou.
Terminando e, repetindo-me novamente, teremos de ser nós a empreender esta façanha, pois não é, obviamente o FMI e a UE que trarão novos ventos de mudança para Portugal. Aquilo que eles nos têm para oferecer são medidas avulsas e pontuais, nunca a panaceia dos nossos males. A mentalidade entranhada na nossa sociedade, que nos esmaga, nos agrilha, só poderá ser alterada se vier de dentro, da vontade expressa e inequívoca do povo português. Se este está saturado, e bem sei o paciente que sabe ser, deste status quo, é a ele que caberá esse ónus de protagonizar a mudança. A UE e o FMI dar-nos-ão o remédio habitual e temporário, divisa, nunca nos darão uma mentalidade diferente da que temos tido até à data. Tivemos as matérias-primas da costa ocidental africana, tivemos as especiarias da Índia, o ouro do Brasil, o petróleo e os diamentes de Angola, os QREN´s e agora não temos mais nada onde nos encostarmos. Só cresceremos quando deixarmos de pedir o peixe e quisermos aprender a pescar e é esse o desafio que faço aos portugueses ávidos de mudança. Não deixem mais que a classe política portuguesa brinque com a nossa dignidade e ponha em causa a nossa inteligência.


«O lugar que ocupamos é menos importante do que aquele para o qual nos dirigimos .»
Léon Tolstoi 

4 comentários:

  1. Meu caro amigo,

    Mais uma vez colocas o dedo na ferida...Partidos e Políticas à parte, a mudança está nos Portugueses, mas naqueles que dizes estarem àvidos de mudança, os que votam, mas nem sempre os que votam votam bem (é a democracia!! e ainda Bem).
    Na verdade, fico triste e desiludido quando ouço falar, comentar e vejo escrito a desilusão global e o descrédito a que a Politica se votou, em particular por culpa dos políticos (é certo), mas logo depois de tanta agitação e convulsão, a resposta ao que vais fazer então para mudar? ouço sempre a mesma resignação e o tradicional "não vale a pena!!!".
    É pois contra o parte amorfa da Sociedade, os desinteressados e todos os "treinadores de bancada" que temos de explicar, uma vez mais, que Nós temos o Poder de MUDAR! o Voto é a única arma que legitimamente temos, é a nossa REVOLUÇÃO.
    Se estes Partidos não servem... venham outros; se estes Políticos não servem.. deixem entrar outros...
    Conta comigo para essa mudança, afinal foi sempre por isso que demos a cara, as ideias e pelo que trabalhamos todos os dias...
    Não desistas porque não estás sozinho...Nós estamos contigo.

    Um forte abraço deste teu Amigo
    FBS

    ResponderEliminar
  2. Felizmente temos gente muito boa na JUVENTUDE, talvez por isso não queiram meter-se nos partidos...
    Meu Caro, não nos sentimos bem neste estado de coisas mas, amamos a nossa Terra e por isso levantamos a voz do inconformismo!
    Se já não queríamos este estado de Nação, menos o queremos para nossos filhos!
    Mas que dirão eles da nós daqui a 10 anos se nada fizermos para alterar o estado das coisas?
    Demos as mãos e em uníssino corramos com estes palhaços, sem ofença aos Palhaços...
    É a terceira em 100 anos que a canalha socialista atola o País, e a segunda em 20! Não vos parece que o ciclo começa ser muito curto?

    Abraço forte a todos que por aqui passam e especialmente a si Frederico.

    F X Arbona Palmeiro

    ResponderEliminar
  3. Meu caro amigo Felipe, infelizmente apenas voto já não chega! Há um complô entre as principais forças político-partidárias no país para perpetuar esta paz podre, na medida que zele pelos seus interesses!! E quanto ao poder de mudar, roubando o slogan ao Obama, «Yes we can» mas só com acção!! De palavras, discussões, ideias e reflexões está o país saturado. Há janelas de oportunidades que são únicas na vida, depois nunca mais se abrem. Portugal teima em deixá-las fechar todas!!
    Repara como as denúncias de calotes, de luxos inexplicáveis, de gastos extravagantes e onerosos para o Estado, são cada vez mais divulgados na opinião pública e ainda assim, não obstante isso os nossos governantes já não se preocupam com um eventual pudor que deveriam ter, alheando-se de ver os seus nomes manchados na praça pública! Eles querem é governar-se enquanto podem e não governar o país, coisa para o qual não têm nem vontade, nem vocação.
    Um abraço,
    Fred

    ResponderEliminar
  4. Eng.º Palmeiro julgo entendê-lo perfeitamente. Temos que ter realismo no presente e optimismo no futuro. É isto que se pede às novas gerações!! Aquelas, mais velhas, as que nos formaram contam connosco para alterar o estado das coisas no país. Não podemos defraudar essas enormes expectativas que caem sobre nós!! Cada época tem a sua especificidade e , naturalmente também a geração apropriada para fazer avançar a situação do seu país. A juventude sempre foi vista como a mais irreverente, inconformada e lutadora faixa etária, provavelmente fruto do seu ainda idealismo e eloquência na viabilidade de alterar com maior ou menor facilidade o stuatus quo vivido. Se não for ela a alterar a situação de Portugal, não srá mais ninguém!! Daí a exortação à ambição desta geração em envolver-se mais nas decisões sobre o futuro de Portugal e fazer finca pé quando entender que está a ser subjugada por interesses particulares, obscenos e corruptos.
    Um abraço,
    Frederico

    ResponderEliminar